Por Ruy Fabiano
No blog do Noblat
Antes de deixar a Presidência, Lula anunciou que, a partir de então, uma de suas missões fundamentais passaria a ser a de “desfazer a farsa do Mensalão”.
Os vilões estariam, claro, na oposição.
O complicado nessa versão são os fatos, que não a chancelam.
O escândalo do Mensalão é possivelmente o mais documentado dos que já aterrissaram na cena política brasileira.
Há números, nomes datas, CEPs, siglas, cheques - múltiplos detalhes, enfim.
E ainda: não foi denunciado por ninguém da oposição, mas por um até então entusiasta integrante da base governista, o na época deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, a quem Lula declarou que entregaria um cheque em branco e dormiria tranquilo.
O escândalo foi investigado por três CPIs e mereceu do então procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, minuciosa denúncia, aceita pelo Supremo Tribunal Federal, em que foram indiciados 40 acusados, que integrariam uma “organização criminosa”, destinada a dilapidar o Estado.
A memória desse monumental contencioso está registrada num livro, “O CHEFE”, do jornalista Ivo Patarra, que coloca o ex-presidente no topo dessa organização.
Seria ele o chefe.
É um documento para a história, que, a prevalecer a versão de Lula, já teria levado seu autor às barras dos tribunais, o que não ocorreu.
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