(Editorial)- O Globo
Em artigo publicado sexta no GLOBO, o economista Rogério Werneck, da PUC, alertou para uma nota dissonante no mantra da austeridade entoado em Brasília: a injeção de dinheiro público vem sendo feita “por fora do Orçamento”, com a transferência de bilhões de reais ao BNDES, provenientes de endividamento, mas contabilizados de forma a não serem registrados na dívida líquida.
Já se fala, inclusive, em mais um aporte de R$ 50 bilhões ao banco, assim como numa nova rodada de capitalização da Caixa Econômica.
O governo tiraria de um lado e colocaria bem mais de outro.
O BNDES precisa de capacidade de financiamento.
Mas a questão também é saber o que será financiado.
Aumentar o endividamento público para subsidiar trem-bala é questionável, diante de tantos outros projetos de transporte de massa que precisam ser executados com um efeito multiplicador de benefícios para a população muito maior do que esta ligação Rio-SP por trem de alta velocidade.
A própria eficiência de análise do banco está sob suspeita depois da desastrada investida no setor de frigoríficos.
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