Apagões de energia elétrica acontecem diariamente em nosso país, banalizaram-se a tal ponto que as pessoas até cansaram de reclamar.
O apagão na saúde leva aos noticiários, em pleno século XXI, imagens que lembram os tempos mais primitivos de nossa história.
Na educação são revelados os dados que nos envergonham em relação aos demais países e que apontam a defasagem na qualificação do trabalhado diante das necessidades do mundo atual.
Nos serviços públicos, empresas que tinham a marca da competência veem sua credibilidade comprometida, como no caso dos Correios.
O caos aéreo, então, nem é mais notícia, já se tornou o padrão para uma população conformada, resignada.
O Globo traz informação que demonstra o descaso do governo e o risco de apagão em mais um serviço público, que nos afetará em breve por falta de investimentos.
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Risco de falta de água em 55% dos municípios
Vivian Oswald, O Globo
Um dos países com a maior quantidade de água do mundo — dono da maior bacia hidrográfica do planeta —, o Brasil pode enfrentar problemas de abastecimento, segundo diagnóstico inédito da Agência Nacional das Águas (ANA) no Atlas Brasil, documento que será divulgado hoje.
Trata-se de mais um gargalo ao desenvolvimento econômico que vai se formando sem fazer estardalhaço.
Se o país não investir R$ 22,2 bilhões nos sistemas de captação e coleta de água até 2015, pode faltar água em 55% dos municípios do país, ou 3.059 do total.
O Rio está entre os grandes centros metropolitanos mais afetados se nada for feito. Especialistas da ANA garantem que a ameaça pode prejudicar os investimentos para a organização da Copa em 2014 e para os Jogos Olímpicos em 2016.
— A indústria aduz água diretamente do rio.
Hotéis e serviços em geral precisam de água da torneira, assim como empresas de menor porte pelas companhias de saneamento — disse um integrante do governo.
A abundância de água no país — o Brasil detém, hoje, 12% da água doce do planeta — acaba por mascarar uma situação grave que vai se desenhando para o futuro próximo.
Segundo o estudo, os municípios que correm o risco de desabastecimento até o ano de 2015 representam nada menos que 73% da demanda de água do país inteiro.
Desse universo, 84% das chamadas sedes urbanas precisam de investimentos para adequar seus sistemas produtores e 16% apresentam déficits decorrentes dos mananciais utilizados.
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