O PT e os EUA: da altivez servil ao servilismo altivo
Por Reinaldo Azevedo
Já tinha marcado aqui na minha agenda desde terça:
“Escrever um texto esculhambando a decisão de Obama de discursar na Cinelândia”.
No Globo de hoje, o colunista Ancelmo Gois informa que o evento foi cancelado.
Segundo o jornalista, o presidente americano falará a um público menor, dentro do Teatro Municipal.
Que a marquetagem do presidente americano tenha tido tal idéia, vá lá.
Que o governo brasileiro tenha aceitado a proposta de bom grado e vibrado, com indiscreto servilismo, aí já é de amargar.
Que coisa esses petistas, não?
Ou são antiamericanos rombudos, malcriados, bucéfalos, exercitando um antiamericanismo primitivo, ou se comportam como subordinados deslumbrados, tietes abestalhadas pela celebridade.
Parte considerável da imprensa não age de modo muito diferente.
Há uma espécie de gratidão embevecida no ar, de satisfação com o que parece ser um ato generoso e desprendido de Obama.
Tenham paciência!
Custa manter uma relação, digamos, adulta com outro país?
Uma espécie de nuvem desceu sobre nós.
Os contrastes e contornos se foram, não se distingue nada.
E isso, a muitos, parece bom.
Paraíso ou morte da inteligência?
Imaginem FHC franqueando a Cinelândia para um presidente americano discursar…
Um certo Indalécio Wanderley da Silva, secretário de Moradias Populares do PT do Rio, chegou a defender protestos contra a visita de Obama.
O presidente estadual do partido, Jorge Florêncio, divulgou nota em que, na prática, proíbe militantes do partido de participar de qualquer “go home”.
A conclusão é a seguinte: assim como um petista é sempre virtuoso mesmo quando criminoso, e um não petista, sempre criminoso mesmo quando virtuoso, um não-petista será sempre servil aos interesses americanos mesmo quando altivo, e um petista será sempre altivo mesmo quando servil.
Como não fui tragado por nuvem nenhuma, então escrevo!
É simples assim.
Íntegra AQUI.
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