Por Álvaro Dias
Há algum tempo venho denunciando a existência de mágicas contábeis no governo, para esconder a realidade economica.
Agora conceituado economista afirma o mesmo e por isso é demitido.
Transcrevo aqui o comentário de Rodrigo Constantino em seu blog:
Reféns do governo
“O Banco Santander demitiu seu economista-chefe, Alexandre Schwartsman, respeitado economista que já foi diretor do Banco Central.
O motivo teria sido a recente discussão entre Schwartsman e Sérgio Gabrielli, o presidente da Petrossauro (Petrobras para os nacionalistas).
O então economista-chefe do Santander acusou o governo de praticar “contabilidade criativa” para gerar superávit fiscal artificial, e Gabrielli reagiu, afirmando que não sabia o que era caixa, se aquela operação não fosse caixa.
Schwartsman insistiu que não era, e perguntou onde estava o dinheiro, gerando mal-estar no ambiente, uma vez que, de fato, trata-se de puro malabarismo contábil.
Poucos dias depois, eis que o Banco Santander, de olho no crescimento de crédito no País e eventualmente em diversos outros negócios potenciais com o governo e suas estatais, resolveu demitir Schwartsman, para ficar bem na foto com os governantes.
É uma postura típica de regimes autoritários, onde todos, especialmente as grandes empresas, são reféns do governo.
Este controla tantos negócios, tantos recursos, e tantas regras burocráticas arbitrárias, que nenhuma empresa pode se dar ao luxo de atacá-lo publicamente.
Mesmo que esteja falando a mais absoluta e escancarada VERDADE!
É uma espécie de censura velada, em que apenas comentários “chapa-branca” são permitidos.
Quem ousar desafiar os governantes e colocar os pingos nos is, expondo suas falcatruas e incoerências, terá que pagar o preço.
Quem viveu sob regimes nazistas, fascistas e socialistas entende bem o que é isso”.
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