Por Raul Christiano
O conselho político proposto para “apaziguar” os ânimos entre as principais lideranças do PSDB, que a imprensa atribui ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, existe na prática desde a origem do partido em 1988.
O PSDB nasceu como um partido de quadros políticos expressivos na política nacional, que acumulavam experiências executivas em governos estaduais e municipais, no senado e nos parlamentos federal e estadual.
Costumeiramente aparecem notícias sobre conflitos internos, em todas as mídias, que não tenho dúvida fruto de fuxicos e opiniões nada relevantes de lideranças políticas tucanas, intermediárias, quase sempre disponíveis para repórteres e analistas políticos da imprensa.
Não escondo o sol com a peneira, em relação às notícias negativas que emergem do próprio PSDB, localizando insatisfações pessoais e partidárias, quando se imaginam excluídos de alguma discussão ou processo de decisão.
Os atuais dirigentes do partido são responsáveis pela sensação permanente de crise, justamente porque faltam respostas mais rápidas tanto à conjuntura política nacional, quanto às movimentações dos projetos eleitorais pessoais, que não deixam de ter legitimidade.
Estou sempre me perguntando, antes de qualquer tomada de posição para definir quem conduzirá o PSDB, sobre o quê nos conduz a esse partido.
O compartilhamento da militância política ao lado de Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, Marcello Alencar, Marconi Perillo, Beto Richa, Tasso Jereissati, Teotônio Vilela, Arthur Virgilio, Álvaro Dias, Duarte Nogueira, Sérgio Guerra, Mendes Thame e tantos outros, ou a identidade com as suas ideias de fazer o Estado ser mais eficiente?
As respostas são conciliáveis e mobilizadoras.
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