- O crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto em 2010 é um índice formidável.
- A depender do resultado do PIB italiano, o Brasil se torna o sétimo PIB do mundo.
À frente do Brasil estão EUA, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido.
Um dos principais fatores do aumento do PIB-2010 foi o consumo das famílias, que cresceu 10,4%.
- Entretanto, as comemorações dentro do governo foram tímidas.
Talvez os motivos sejam os seguintes:
- Entre 2003 e 2010, o crescimento médio do PIB per capita do Brasil foi de 2,85%.
No resto da América Latina, foi de 4,07%.
Ou seja, crescemos bem menos do que os nossos vizinhos.
- No período FHC, o crescimento médio per capita do Brasil foi de 1,01% ao ano, menor do que o atual.
Falta dizer, entretanto, que, na época, o resto a América Latina cresceu 0,38% per capita, anualmente.
- É possível concluir que durante o governo anterior, quando todo o mundo emergente passava por uma crise, fomos mais competentes.
Hoje, quando a euforia é geral, somos menos capazes do ponto de vista do crescimento econômico.
- No final do governo FHC, a participação do Brasil no PIB latino-americano era de 35,62%.
Ao término do governo Lula caiu para 35,40%.
Com relação ao mundo como um todo, ficamos praticamente estacionados, com uma leve melhora.
Em 2002 tínhamos 2,92% do PIB mundial; agora temos 2,98%.
- Nos últimos oito anos, foram mais eficientes do que nós – na média de crescimento -países como Uruguai (6,6%), República Dominicana (6,4%), Peru (5,9%) e a vizinha Argentina (7,4%).
- Outros emergentes que cresceram anualmente mais do que o Brasil durante a era Lula foram China (10,92%), Índia (8,04%), Rússia (5,07%) e Turquia (4,51%).
- Os 4% de crescimento médio do governo Lula colocam-no apenas em 19º no campeonato nacional de progresso econômico, entre os 29 presidentes desde a proclamação da República.
– Como lembrou o colunista da Folha, Clovis Rossi, em matéria de variação comparativa do PIB, no período 2003/2010, o Brasil fica em um “humilhante” 96º lugar, entre 181 países.
- Em matéria de renda per capita, a do Brasil evoluiu de US$ 7.547 para US$ 10.894, entre 2003 e 2010.
Mas a sua posição no ranking mundial piorou.
Estávamos em 66º lugar e caímos para 71º.
- Com relação à taxa de investimento, continuamos com um dos menores índices do mundo: 18,4% do PIB.
Para efeito de comparação, a China possui 47,8%, a Índia 32,6% e a Indonésia 32,15%.
Para crescer 5% ao ano de maneira sustentável, o Brasil precisaria ter uma taxa de 25% do PIB.
- Além de tudo, analistas econômicos como Celso Ming, do Estado de S. Paulo, lembram que o crescimento de 7,5% do PIB brasileiro só foi possível pelo “doping” promovido pelo governo, ao estimular as despesas públicas e o consumo – por motivos eleitorais.
Uma consequência é a alta da inflação.
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