Há um mês, Mantega desancou FMI; hoje, toma decisões patrióticas
Por Reinaldo Azevedo
Os salamaleques do FMI ao Brasil e o clima festivo das fotografias não dizem tudo.
No dia 27 do mês passado, o fundo divulgou um relatório relatório em Washington apontando a grave deterioração fiscal do Brasil — dito de outra maneira: farra, gastança.
Num diagnóstico exato, o fundo disse, então, que o governo brasileiro mantinha uma política fiscal relaxada.
O excesso de gastos obrigava a aplicação de uma política monetária restritiva, elevando juros para combater a inflação.
Guido Mantega não gostou e soltou o cachorros.
Disse que o fundo estava errado e que o texto era obra de algum conservador e tal…
Bem, o Brasil admitiu o problema fiscal e decidiu fazer um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento.
Tudo conforme o fundo sugeriu.
Vejam bem: o FMI não manda, mas sugere.
Era assim no governo FHC; é assim hoje.
Antes, o PT achava que seguir a orientação era falta de patriotismo; hoje, é símbolo do amor patriótico.
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