Por Álvaro Dias
O anunciado crescimento do PIB (7,5%), a partir da base negativa de 2009, é falso.
Não há razão para a festa que o governo encena.
Vangloriar-se, nessas condições, de um crescimento do PIB superior às economias mais ricas do mundo é má fé ou ingenuidade e provincianismo.
Além do parâmetro utilizado para determinar o crescimento, há que se considerar a política cambial equivocada.
Em dólar nossa economia cresceu muito porque a moeda americana está desvalorizada.
Com isso nos transformamos no paraíso do consumo de produtos importados.
Precisamos de poupança pública e privada para financiar investimentos.
Não temos poupança, e cresce o déficit no balanço de transações correntes.
Em janeiro, 47%, o maior desde 1947.
A taxa de investimentos é menor que a de 2008.
As políticas cíclicas não surtiram efeito.
O Governo está emitindo títulos para financiar bancos oficiais como o BNDES, subsidiando empréstimos para setores específicos, como por exemplo, as empreiteiras de obras públicas.
O gasto público supérfluo está na contramão das promessas de ajuste fiscal.
Em janeiro, na contramão do anunciado, as despesas com pessoal cresceram 10% e as de custeio 38%.
O artificio da manipulação de números continua sendo utilizado, com verdadeiras mágicas contábeis tentando esconder a realidade das nossas dificuldades, decorrentes da má gestão que promove a inversão de prioridades e a gastança irresponsável.
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