GENTE QUE MENTE
A MENTIRA
“Isso não é assunto de presidente da República.É assunto comercial do Banco Central.”
(Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negando que tenha tratado com o empresário Sílvio Santos a liberação de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir o rombo no banco Panamericano, em Moçambique, 10/11/2009.)
“A mim, a briga [por cargos] ainda não chegou.
Não tenho nenhuma prova ou evidência de que há uma briga por cargos no meu governo. (…)
Eu terei o cuidado de ter um critério de preenchimento dos cargos que vai combinar capacidade técnica com condições políticas, ou seja, com características de liderança pessoal .”
(Presidente Dilma Rousseff, em Brasília, 03/11/2011.)
A VERDADE
A conversa que Lula não teve com Sílvio Santos e a ausência de brigas por cargos de Dilma não passavam de desculpas esfarrapadas.
A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, deixou o cargo nesta quinta-feira (24/03) num episódio com fortes pitadas políticas, que vai muito além da compra do quebrado Panamericano.
É só dar uma olhada nos jornais. O Estado de S.Paulo mostra os bastidores que revelam que Maria Fernanda caiu mesmo por entrar em colisão direta com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que pleiteava cargos para o PMDB dentro da Caixa.
Fato é que ela saiu por uma porta e Geddel Vieira Lima, do PMDB, entrou por outra para ocupar a vice-presidência de Pessoa Jurídica do banco.
Apesar de a gestão de Maria Fernanda não ter sido das mais elogiosas, a intervenção de Palocci preocupa o mercado: executivos do setor bancário e até servidores de carreira do governo federal temem um loteamento político maior na área econômica do governo e um atraso na expansão do crédito imobiliário brasileiro – a Caixa é a principal gestora do programa Minha Casa, Minha Vida, que tem desempenho muito abaixo do prometido.
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