Lula, o presidente em busca de um país
Por Reinaldo Azevedo
Por que, afinal de contas, Lula não foi ao almoço com Barack Obama?
A sua turma vazou para a imprensa que ele não queria ofuscar Dilma Rousseff.
Huuummm…
Naquele ambiente, ele ficasse tranqüilo: não havia a menor chance.
E por várias razões: o oficialismo ama o poder e a caneta.
Por mais “charmoso” e “atraente” que Lula seja, a estrela brasileira do encontro seria a presidente Dilma Rousseff, e o grande astro do evento, Barack Obama.
Estaria o Apedeuta bravo com Dilma a ponto de não comparecer?
Seria contragimento por não falar inglês?
Bobagem!
Isso faria supor que Lula pode, em certos casos, duvidar de si mesmo, o que não é de sua natureza.
Ele não foi em razão de uma soma de motivações psicológicas e políticas.
Lula tem uma personalidade vingativa.
Sempre foi assim.
Ele resgatou alguns dinossauros da política e lhes deu vida nova; eram seus adversários no passado.
Os casos mais notórios são José Sarney e Fernando Collor.
Se fez amigos os inimigos, esmagou alguns aliados.
Aqueles aceitaram se submeter à sua liderança; estes, em algum momento, ousaram resistir.
Ele não engole até hoje a rejeição de Obama ao acordo nuclear com o Irã e não perdoa ao outro ser, afinal de contas, quem é: o líder mais poderoso do mundo (a despeito de sua ruindade).
Se Lula pudesse, esmagaria o presidente americano.
Como não pode, dá uma de malcriado.
Há mais.
Ele foi convidado para uma festa na qual seria mero coadjuvante, tendo de dividir a cena com seus parceiros de nicho: os ex-presidentes.
A história de que ele temia ofuscar Dilma tem de ser lida pelo avesso: porque sabia que esse risco, ali, não existia, preferiu ficar em casa, roendo os cotovelos.
E nem acho que tenha sido movido pela inveja.
A exemplo do que se notou nos últimos dois meses de governo, quando passou a falar alucinadamente, está certo que lhe tomaram algo de seu.
O Lula real, como já disse aqui algumas vezes, deve mesmo acreditar que é o Lula do mito.
No evento de ontem, ele seria só mais um.
Tal papel não é compatível com a personagem que está na política há mais de 35 anos.
FHC acabou sendo uma das figuras de destaque do dia porque sabe ser um ex-presidente.
Ao chegar em casa, foi cuidar de outros assuntos.
O Apedeuta não, coitado!
Ele é hoje um presidente em busca de um país.
Na minha modesta opinião o Lula não foi por um único motivo. Teve receio de que Obama concluísse a frase que começou a dizer referindo -se a Lula: " Ele é o cara.... mais arrogante e pretensioso que conheço." No que seria certamente muito aplaudido.
ResponderExcluirSerá que o cara estava em condições de lucidez para participar de um encontro desses?
ResponderExcluirO problema é que ele gosta de "render" manhete e ele só está sendo comentado por que não foi. Se tivesse ido seria só mais um em uma boca-livre.
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