Por Eduardo Graeff
Um propósito meu para o ano novo (que começou de verdade ontem, como todos sabem) é trabalhar firme pelo voto distrital.
Fui conferir o abaixo-assinado online Eu Voto Distrital e fiquei mais decidido a trabalhar firme mesmo.
Ele está com 3.680 assinaturas.
É pouco para impressionar os deputados e senadores que podem resolver o assunto.
Mas pode ser um começo.
OK, estávamos todos nos guardando, não para quando o carnaval chegar, como na letra do Chico, mas para quando ele passar.
Passou.
Então, se isto é um começo, a pergunta é: qual o próximo passo?
Buscar mais adesões?
Pode ser.
Mas, como o abaixo-assinado está no ar há mais de um mes, é provável que esteja perto do limite da propagação via amigos dos amigos dos amigos.
Talvez possamos ir além desse limite combinando mobilização virtual e presencial.
Entre os 3.680 que aderiram, deve haver gente com acesso a muitos deputados e senadores de quase todos os estados. Por que não nos organizamos para levar cópia do abaixo assinado pessoalmente a cada um deles?
Por que não organizamos também discussões sobre a reforma eleitoral em casas de amigos, faculdades, associações etc.?
A boa notícia, pelo que vi no Twitter e Facebook, é que as pessoas começaram a se mexer para isso mesmo - reunir mais pessoas para discutir a reforma eleitoral, contatar deputados etc.
Ultimamente, fico frio quando ouço dizer que a oposição precisa discutir “um projeto de país” - ou a educação, saúde, segurança, os departamentos de sempre.
Esse tipo de coisa acaba desaguando em documentos que pouca gente se interessa por escrever e quase ninguém tem paciência de ler.
Sinto que não estamos precisando tanto de ideias como de causas - objetivos que mobilizem as pessoas e propostas de ação de que elas se animem a participar.
O voto distrital para mim é uma causa dessas.
Se tiverem outras, me chamem, por favor.
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