sábado, 30 de abril de 2011

Busca-se culpados

A marca da incompetência da então gerente do PAC e agora presidente da república está preocupando órgaos internacionais ligados aos eventos que se aproximam, Copa do Mundo e Olimpíada.

Acabou tendo pouco destaque na mídia a informação de que, das 101 obras do PAC para a construção de redes de esgoto nos maiores municípios do Brasil, apenas quatro foram concluídas desde o início do programa.
Pior é a constatação de que 60% das obras estão paralisadas, atrasadas ou ainda nem foram iniciadas.

Os verdadeiros culpados pela má gestão não escondem a ausência de escrúpulo quando questionados sobre esses fatos e atribuem aos prefeitos e governadores a responsabilidade na execução de obras que são de competência de quem prometeu o que não é capaz de cumprir.

A situação do Brasil está crítica, a alardeada fortuna do pré-sal parece ter se diluído no fundo do mar, nenhuma mágica contábil segura os preços nem encobre mais os rombos nas contas públicas.

E para quem ainda não entendeu porquê lideranças do partido do governo andam insultando até o presidente Obama, encostando-o na parede como costumam fazer com terceiros aqui no Brasil, vejam nota no blog do Cláudio Humberto:

Brasil vulnerável

O Financial Times alertou ontem que “o boom do Brasil mascara crescente vulnerabilidade”: com a moeda mais supervalorizada do mundo e endividamento de consumidores com o crédito fácil e infraestrutura ineficiente, o boom explode se os juros subirem nos EUA.

Risco de terrorismo na Copa

Procurador e juíza alertam para risco de terrorismo na Copa

A falta de investimento no combate ao crime organizado pode colocar o Brasil no eixo de ações de grupos terroristas interessados em tirar proveito da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, advertiu o presidente eleito da Associação Nacional dos Procuradores da República, Alexandre Camanho de Assis, durante audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Leia mais na Agência Senado.

As promessas do governo não serão cumpridas.

A propaganda governamental afirma que Dilma determinou o aumento da conexão do PNBL (Programa Nacional de Banda Larga)de 600 kbps para 1Mbps, uma vergonha se considerarmos que em muitos países já ultrapassaram os 40 Mbps.
Há pesquisas que indicam que o Brasil está na 38º posição entre 42 países, um atraso absurdo.
Mas nem o que se propõe para sair deve acontecer.
Leiam:


Já era: Brasil não cumprirá plano de banda larga em 2011

Segundo a Agência Brasil, o presidente da Telebras, Rogério Santanna, admitiu que a meta do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) de levar a 800 municípios conexão rápida à rede de mundial de computadores em 2011 simplesmente não será cumprida.

Segundo Santanna, isso se deve aos cortes de orçamento sofridos pela estatal.
De acordo com a agência, dos 226 milhões de reais que estavam programados para a Telebrás em 2011, apenas 50 milhões estão liberados pelo governo federal.
Há ainda 316 milhões do ano passado que já estão empenhados, mas que ainda não estão efetivamente disponíveis.

Santanna afirmou que as operadoras de telefonia não têm interesse em oferecer esses serviços de banda larga, pois isso significaria “a perda do serviço de transmissão de voz”.
Mais AQUI.

Inflação e queda de ações da Petrobras fazem Bolsa ter em abril pior resultado entre principais mercados no mundo

Lucianne Carneiro, O Globo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou em abril o pior desempenho entre as dez principais bolsas do mundo.
A queda acumulada no mês pelo Ibovespa, referência do mercado brasileiro, foi de 0,48%, considerando a variação em dólar, segundo dados da Bloomberg.
No ano, avança apenas 0,48% e só ganha do mercado de Tóquio, com recuo de 3,71%, puxado pela tragédia no Japão.

Entre os motivos que fizeram a Bovespa ir na direção contrária de outras bolsas em abril estão a preocupação com o avanço da inflação no Brasil e as incertezas em relação a possíveis novas medidas de restrição ao crédito e à elevação dos juros básicos.

O debate entre Petrobras e governo por causa do reajuste da gasolina afetou fortemente as ações da estatal no mês e foi um fator determinante para o recuo.

Segundo Hersz Ferman, gestor da Yield Capital, estrangeiros têm vendido ações em mercados emergentes que estejam enfrentando problemas com a alta do custo de vida para investir em países desenvolvidos que ensaiam recuperação econômica, sem pressão inflacionária.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vergonha Nacional

Vergonha nacional: temos mais analfabetos do que o Paraguai, a Mongólia, a Albânia…
Amigos, precisamos instituir o Dia da Vergonha.

Por Ricardo Setti

Se formos fazê-lo para cada uma das vergonhas nacionais, talvez fôssemos precisar lançar mão do calendário inteiro.

Mas o Dia da Vergonha deveria ser criado como uma data-símbolo de mobilização pela educação: melhor salário, melhor treinamento, melhores planos de carreira e melhor forma de avaliar os professores – e tantas coisas mais.

O primeiro item, porém, precisaria ser acabar com a praga que, combatida desde o regime militar, continua firme, viçosa, exuberante – uma chaga feia e exposta nas nossas pretensões de seermos um grande país: a grande vergonha do analfabetismo.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar, com base no Censo de 2010, que quase 10% de nossa população com 15 ou mais anos é analfabeta.
Para ser mais preciso, 9,6%.
São quase 14 milhões de brasileiros analfabetos – mais que a população inteira do Chile ou de Portugal.

Sem contar os analfabetos funcionais, que Deus sabe quantos seriam.

É muita coisa.
Estamos atrás, bem atrás, de países como a Albânia, a Somoa Americana ou a Mongólia.
E olhem que as coisas melhoraram, pois o Censo de 2000 indicava um índice de 13,6% de analfabetos.
Só quem piorou, proporcionalmente, foi o Nordeste, que contém o maior contingente de analfabetos e, sozinho , representa 53,3% (7,43 milhões) dos brasileiros que não sabem ler nem escrever.
No Censo anterior, o percentual era de 51,5%.

Nossos vizinhos na América do Sul estão muito melhores do que nós.
Contra os quase 10% de analfabetos no Brasil, a Argentina, com todos os seus tropeços, crises e desencontros, abriga apens 2,8% e o Uruguai somente 2% — nível europeu.
Até o mais pobre e sempre problemático Paraguai mostra índices mais vistosos: 94% da população é letrada, e apenas 6% são analfabetos.

Que venha o Dia da Vergonha.

Dilma sataniza privatizações na campanha, agora até os Correios?

MP abre caminho para privatizar Correios, diz tucano

A Medida Provisória (MP) 532, assinada ontem pela presidente Dilma Rousseff e publicada hoje no Diário Oficial da União, abre caminho para a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), na opinião da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados.
Avaliação feita pela assessoria técnica dos deputados tucanos aponta dois artigos da MP 532 como indícios de que o governo federal pretende privatizar a estatal.

Segundo a assessoria, mudanças em artigos do Decreto-Lei 509/69, feitas pela MP 532, passam a exigir uma Assembleia Geral na ECT e ainda aplicam o próprio decreto à Lei 6.404/76, a qual regulamenta as Sociedades Anônimas (S.A.s).

"Os artigos só se justificam para uma empresa com conselho de administração, privada, ou mesmo uma pública de capital aberto, como a Petrobras", disse o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP).
"É um passo para privatização."


Nogueira afirmou não ter nada contra a privatização da ECT, o que modernizaria a estatal na avaliação dele, mas considerou a medida uma "incoerência do PT".

"O PT prega uma coisa e faz outra; os artigos vão na contramão do que a presidente Dilma prometeu durante a campanha e é um cheque em branco para o governo primeiro abrir o capital para depois privatizar os Correios", concluiu.

O parlamentar criticou ainda o fato de as mudanças nos Correios serem publicadas em uma MP cuja parte inicial versa sobre alterações na política nacional de bicombustíveis.

"É mais uma MP 'Frankenstein', uma árvore de Natal com uma bola de cada cor."
AQUI

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Matéria da Folha informa que os Correios estão autorizados a montar uma empresa de telefonia celular, a ter uma frota de aviões própria para o transporte de carga e a investir na construção do trem-bala.
A estatal também poderá criar seu próprio banco e se associar a outras empresas financeiras, de serviço de logística e postal eletrônico.
A permissão consta em medida provisória assinada ontem pela presidente Dilma Rousseff, que reforma o estatuto dos Correios, de 1979.
A decisão amplia os poderes da companhia no momento em que passa a ser comandada pelo PT.
O jornalista Reinaldo Azevedo comentou sobre o assunto, alertando que nasce uma caixa preta - Dilma transforma os Correios em pau pra toda obra de que o governo e o PT precisem.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Urgente: CPI para investigar o caos na saúde

REQUERIMENTO

Requer a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, com a finalidade de investigar os desvios nos repasses do SUS para Estados e Municípios e as fraudes em dados do cadastro do Programa Saúde da Família.

Senhor Presidente,

Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do § 3º do art. 58 da Constituição Federal e do art. 9º do Regimento Comum, a criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, composta por 15 (quinze) Senadores e 15 (quinze) Deputados como titulares e 7 (sete) Senadores e 7 (sete) Deputados como suplentes , para investigar, no prazo de 180 dias, irregularidades no repasse de verbas do SUS para os Estados e Municípios, bem como as fraudes em dados do cadastro do Programa Saúde da Família.

As despesas dos trabalhos da presente Comissão Parlamentar de Inquérito ficam orçadas em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).

JUSTIFICATIVA

Nas últimas semanas, inúmeros veículos de comunicação têm apontado gravíssimas denúncias sobre a existência de um esquema de desvio de dinheiro público referente ao repasse do Sistema Único de Saúde – SUS, para os Estados e Municípios em todo país.
Criado em 1990 para assegurar o pleno atendimento médico-hospitalar à população, o SUS se transformou, nos últimos oito anos, em um dos maiores focos de desperdício do orçamento público brasileiro.
Recursos bilionários são desviados de hospitais, clínicas credenciadas e unidades de saúde, sem que o Ministério da Saúde implemente ações efetivas para impedir essas fraudes.

Investigações administrativas da Controladoria Geral da União, concluídas entre 2007 e 2010, apontaram desvios de R$ 662,2 milhões.
Segundo a CGU o prejuízo pode ser bem maior, pois somente 2,5% das chamadas transferências “fundo a fundo” são fiscalizadas.
O volume de dinheiro fiscalizado contrasta com a quantidade de desvios impunes.
As fraudes incluem compras e pagamentos irregulares, superfaturamentos, desperdício com construção de hospitais que não funcionam e até contratação de médicos para atuarem em 17 lugares ao mesmo tempo.
Atualmente, 800 municípios sequer têm fundos de Saúde com registro de CNPJ, regra básica para a transferência de dinheiro.

A situação se torna ainda mais grave tendo em vista que, desde denúncias apresentadas pela CGU, o Governo Federal não cumpriu nenhuma das determinações apontadas para evitar novas fraudes na Saúde.
Há claros indícios da existência de crimes contra a administração pública, de formação de quadrilha, peculato e corrupção, todos com a conivência do Ministério da Saúde.
Sem a investigação e fiscalização do Congresso Nacional, através de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, não se chegará a interromper a ação dessas operações criminosas.

Além dos desvios milionários, foi identificado no Sistema Único de Saúde um grande esquema de fraude de informações em seus cadastros para que fosse permitido a médicos manter o credenciamento em dezenas unidades de saúde, utilizando CPFs falsos, burlando as regras do Programa Saúde da Família.
As irregularidades prosperam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e suas consequências ficam explícitas em relatórios do próprio governo.
Segundo a Controladoria Geral da União, em mais de 40% dos municípios, as equipes de saúde da família não cumprem a carga horária.
Em 36,5% das 982 cidades fiscalizadas de 2004 a 2009, o atendimento foi considerado totalmente ineficiente.

Por tudo isto, torna-se indispensável a instalação imediata de uma CPI.
Dada a complexidade do fato, novos indícios poderão ser adicionados ao processo na medida em que a Comissão desenvolva os seus trabalhos.

Sala das Sessões, 8 de abril de 2011.

Senador Álvaro Dias e Deputado Duarte Nogueira

Assistam AQUI o video com a entrevista do Senador Álvaro Dias.

Armas de destruição em massa

José Serra - O Estado de S.Paulo

Armas e drogas continuam entrando em grande quantidade pelas fronteiras do Brasil.
A cocaína transformada em crack e no oxi, um novo produto, torna-se, na verdade, mais destrutiva que armas de fogo.

São centenas de milhares de vítimas, ou milhões, se pensarmos nas famílias afetadas. Uma catástrofe humanitária pior do que muitas guerras.
O Estado brasileiro está despreparado para enfrentar essa ameaça e socorrer suas vítimas.
Não faz o que deveria fazer: combater duramente a entrada das drogas no Brasil, enfrentar o tráfico, promover campanhas educacionais e recuperar os dependentes químicos.
(...)
Os profissionais de saúde que atendem os usuários de drogas trabalham em condições precárias.
A recuperação, penosa em qualquer circunstância, fica ainda mais difícil no quadro de deficiências de gestão da saúde pública brasileira.
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem cerca de 250 Centros de Atenção Psicossocial voltados para dependentes de álcool e drogas.
São poucos e sem estrutura adequada para as necessidades específicas dos usuários de crack e oxi.
Eles poderiam ser mais bem atendidos em pequenas clínicas terapêuticas e unidades de desintoxicação.

Mas estas, na concepção dominante no Ministério da Saúde, padecem de um defeito: não são estatais.
Nem sequer iniciativas inovadoras dos governos do Rio Grande do Sul e de São Paulo, por exemplo, tiveram apoio do SUS.


Travado pela ideologia e incapaz de usar melhor os recursos insuficientes que destinou à saúde, o governo Lula apelou para a pirotecnia.
Depois de anos ignorando o agravamento do problema, lançou dois planos contra o crack, em 2009 e 2010, às vésperas da eleição e no estilo de sempre: colagens de ações desarticuladas, sem instrumentos novos nem recursos adicionais, pouco ou nada implantado efetivamente.
(...)
As fronteiras brasileiras são das mais desguarnecidas do mundo.
Para cuidar dos 15,7 mil km das fronteiras terrestres - 8 mil somente com aqueles três países - temos apenas 1.600 homens do Exército.
Ações efetivas de controle diminuiriam a escala e os lucros do narcotráfico, ao aumentar o custo final da droga e, assim, conter a difusão do seu uso.
Mas as notícias dessa área não são melhores que as da saúde.

O novo governo prometeu intensificar a repressão ao contrabando de armas e drogas, mas, em vez disso, cortou o orçamento da Polícia Federal, diminuindo sua presença nas fronteiras.
Enquanto faltam efetivos e até combustível para as viaturas da polícia em terra, o projeto do avião não tripulado de monitoramento, que rendeu manchetes em 2010, também foi atingido pelo corte orçamentário em 2011.

A redução do contrabando de armas e drogas exige ações efetivas dos dois lados das fronteiras.
Porta-vozes do governo e do PT reagiram duramente à cobrança de gestões diplomáticas enérgicas nesse sentido, como se fosse preconceito contra a Bolívia, cujo plantio de coca cresceu 112% na década passada.
Imaginaram, talvez, que se estivesse criticando subliminarmente o presidente Lula, que, junto com Evo Morales, posou para fotos com um colar de folhas de coca.

Mas o fato é que o governo brasileiro se deixou levar pelas alianças externas do PT e não usou seu poder de pressão diplomática para inibir o tráfico vindo de países vizinhos, apesar dos presentes vultosos aos seus governos: à Bolívia, de onde vem perto de 60% do contrabando de cocaína, financiamentos do BNDES e um pedaço do patrimônio da Petrobrás, além de preços mais altos do gás; ao Paraguai, principal foco de contrabando de armas, US$ 3 bilhões por conta de Itaipu.
Não devia ter havido uma troca?
"O Brasil ajuda vocês e vocês se ajudam e ao povo brasileiro, combatendo o crime dentro de seus países".

Íntegra AQUI.
EX-PREFEITO E EX-GOVERNADOR DE SÃO PAULO

Pane seca nas promessas

Gente que Mente

MENTIRA

“Nós controlamos as fronteiras não só através dos policiais da Polícia Federal, mas através também de sistemas de monitoramento como os aviões israelenses de controle remoto [Vant].”
(Presidente Dilma Rousseff, então candidata à presidência, em debate na Rede TV!, 17/10/2010.)

“A única forma de termos uma revolução da segurança pública do país será agindo de forma mais integrada.” (
Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Curitiba (PR), prometendo que os Vant começariam a operar ainda em fevereiro, 04/02/2011.)

“Nosso Plano prevê a ampliação do combate ao tráfico [de drogas], especialmente nas fronteiras.”
(Presidente Dilma Rousseff, no programa de rádio “Café com a presidenta”, 21/02/2011.)

A VERDADE

A grande promessa da candidata para combater o tráfico de drogas e armas e o contrabando nas fronteiras continua sendo apenas isso, uma promessa.

Os aviões não tripulados (Vant) não voavam em outubro, como afirmou Rousseff na campanha eleitoral, e não voam até hoje.
O único Vant quer já chegou ao país está, literalmente, no chão, parado num galpão em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná.
E, por mais incrível que possa parecer, por falta de combustível.

O Vant está num hangar a 50 quilômetros de Foz do Iguaçu.
A região foi escolhida pela Polícia Federal por ser uma das principais portas de entrada de armas, drogas e contrabando do Paraguai e é tida como a fronteira mais vigiada do Brasil.

Mas, no rastro do descaso do governo do PT, que trata assuntos de tal envergadura como se fossem conversas de quintal, o tráfico de drogas e armas corre solto nas fronteiras, praticamente abandonadas.
Não há recursos para que a Polícia Federal faça seu trabalho.
Rousseff cortou R$ 1,5 bilhão do orçamento do Ministério da Justiça, mais de um terço do previsto, comprometendo principalmente a Operação Sentinela.
Falta dinheiro para as viagens e diárias dos policiais e até mesmo para abastecer os carros.

Reportagem da Folha de S.Paulo mostra mais.
É muito fácil comprar armas e munição no Paraguai, que são entregues em Foz do Iguaçu por motoboys.
O preço? R$ 940, incluindo o delivery.
Explica-se assim por que quase metade das 16 milhões de armas que circulam no país hoje é ilegal, de acordo com a própria Polícia Federal.

Quanto às drogas, o desleixo dos governantes petistas traz resultados muito mais devastadores.
O consumo de crack já é tido como epidemia pelos profissionais da área da saúde, e mata milhares de jovens e crianças todos os anos.
E vai piorar: especialistas denunciam a chegada a vários estados brasileiros do oxi, mais letal, e que vicia e mata mais rápido que o crack.

Triste herança deixada pelo ex Lula, que se gaba de seus feitos e de ter construído o Brasil perfeito, e cobra R$ 3.750,00 por minuto para espalhar suas bravatas mundo afora.

A realidade é que nunca antes na história deste país se viu tanta irresponsabilidade e abandono.

Brasil parado na contramão

Durante os oito anos em que o ex-presidente (des)governou do palanque, Dilma era a gerente que cuidava de tudo.
Conduziram o país no piloto automático, pois os fundamentos econômicos e os programas sociais, como por exemplo os de transferência de renda e Luz no Campo, já estavam consolidados e o crescimento mundial era favorável.

Nada além disso, aboslutamente nada, foi criado para aproveitar o bom momento, o principal investimento foi na propaganda para impressionar e iludir.

Agora aparecem os resultados de um modelo que servia ao século passado, mas que não acompanhou a tendência natural do novo milênio, principalmente na infra-estrutura e na tecnologia, que apresentam um quadro, no mínimo, vergonhoso.
A gerente assume a presidência no mesmo ritmo de seu antecessor, porém alguns efeitos da estagnação a que submeteram o país começam a cobrar providências urgentes.

Se o EX (des)governou sem trabalhar, agora não tem como não mostrar serviço.
Mas o que tem sido feito de produtivo, além de anunciar alguns programas que, por acaso, faziam parte das propostas do então candidato José Serra?

Para ilustrar, leiam trecho da coluna desta quinta de Celso Ming, que diariamente escreve para a seção de economia de "O Estado de S.Paulo":

"Essa é, até agora, a cara do governo Dilma: são as soluções meia-boca de quem não pode manter as respostas anteriores, mas também não assume de uma vez as novas e, assim, se comporta como o motorista vacilante que não fica nem na faixa da esquerda nem na da direita da pista e inferniza o trânsito."

E mais:

“O apagão dos aeroportos não é o único que paralisa o País.
Quase todo o setor de infraestrutura está superado e vai sufocando o crescimento econômico.
Além dos aeroportos, portos, estradas, ferrovias, comunicações, transportes públicos – é toda a rede de instalações ultrapassadas que encalacra o futuro e permanece à espera de soluções.
E não são apenas a falta de recursos e os problemas com licenciamento ambiental que paralisam os projetos de desenvolvimento.
É principalmente a falta de políticas claras sobre como fazer”.

A presidente está pensando que brasileiro é burro? Vejam protesto criativo, sem violência

#NaMesmaMoeda
Chega de palhaçada é hora de protestar!



Aconteceu em Goiás e está para acontecer em Joinville o movimento Na Mesma Moeda.
Protesto contra o preço do combustível.

Se cada um abastecer valores pequenos igual ao vídeo (R$0,50) com uma nota grande ou com cartão de crédito ou debito e EXIGIR A NOTA FISCAL, vai acabar doendo no bolso deles também.

OBS: O CUPOM FISCAL DO CARTÃO DE CRÉDITO NÃO É NOTA FISCAL.
...DE PREFERÊNCIA EM POSTOS DA REDE BR.

Vejam mais AQUI.

Urucubaca ou obra mal feita?

Última obra visitada por Lula da Silva, entre o Ceará e a Paraíba, desaba parcialmente
(*) Antônio Vicelmo, do site do Diário do Nordeste

Mais um entrave nas obras de transposição do Rio São Francisco entre os estados do CE e PB.
O túnel Cuncas I, que une os dois Estados, com 15 quilômetros de extensão, desabou parcialmente.
Operários que trabalham na perfuração tiveram um susto quando parte do teto da obra ruiu. O túnel liga os municípios de Mauriti (CE, 491 Km de Fortaleza), com São José de Piranhas (PB).

Os construtores tentaram abafar o caso ocorrido na última quinta-feira (21).
Mas a notícia terminou vazando.

De acordo com o jornalista Alex Gonçalves, do Radar Sertanejo, os fiscais não permitiram a entrada de repórteres para fotografar nem fazer reportagens.

Um operário contou que os trabalhadores ouviram um barulho e saíram correndo de dentro do túnel.
Minutos depois, um bloco de pedras desabou em cima de algumas máquinas.
Os operários reclamam da falta de segurança na obra.
Mais AQUI.

Tucanos querem se livrar de José Serra e seus 44 milhões de votos?

A demolição do PSDB
O Estado de S.Paulo

O autor francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) dizia que um romance não se escreve com ideias, mas com palavras.
No que possa ter de verdade, a frase se aplica também à política, com uma diferença: em sentido estrito, a arte de conquistar e conservar o poder se faz com palavras e atos.

A analogia vem a propósito dos solavancos mais recentes - e decerto não derradeiros - que abalam o PSDB, a agremiação que não sabe, entre outras coisas, o que fazer com o robusto patrimônio de 43,7 milhões de votos obtidos por seu candidato na última eleição presidencial.

De um lado, o ex-presidente e tucano emérito Fernando Henrique viaja pelo mundo das ideias em busca de bases conceituais para reconstruir o papel de sua legenda e dos aliados oposicionistas, depois da sua terceira derrota consecutiva para o PT de Lula em um decênio.
De outro lado, no rés do chão da política partidária, atulhado do que nela há de mais velho, banal e, ainda assim, dominante - os cálculos de conveniência das ambições e vendetas pessoais -, o também tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, toca a obra de demolição do enfermiço partido no seu berço e reduto mais consolidado.

Costumava-se dizer do seu correligionário José Serra que era uma figura politicamente desagregadora.
Se foi, ou é, parece um aprendiz perto do rival que não se conforma até hoje com o apoio do outro ao afinal vitorioso concorrente do DEM, Gilberto Kassab, na eleição para prefeito da capital de 2008.

Por conta disso e pelo aparente projeto de governar o Estado pela terceira vez, com um hiato entre 2007 e 2011, Alckmin se empenha em afirmar a hegemonia de seu grupo na seção paulista da legenda, tratando de confinar nas suas bordas os companheiros de diferentes lealdades.

Além disso - e aí já se trata dos prejuízos sofridos pelo interesse público -, deu de desmantelar políticas bem-sucedidas adotadas no interregno José Serra em áreas cruciais para a população, como educação e saúde.

Chega a dar a impressão de querer apagar da história recente do Estado o período serrista.

Essa política de demolição tem os seus custos, porém.
Seis dos 13 membros da bancada do PSDB na Câmara de Vereadores paulistana deixaram o ninho na semana passada.
E um tucano de primeira hora, o ex-deputado e secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, acaba de fazer o mesmo.

Aqueles se guardaram de atribuir frontalmente ao governador a sua decisão.
Mas este o acusou com todas as letras e argumentos ponderáveis.
Argumentos que remetem à ascensão política do ex-prefeito de Pindamonhangaba pelas mãos de Mário Covas, de quem foi vice-governador e sucessor, depois de sua morte, e ao empenho de Alckmin em participar de todos os ciclos eleitorais da década passada: para governador, presidente, prefeito e novamente governador.
Nem que para isso tivesse de implodir a aliança entre o PSDB e o DEM na citada eleição municipal de 2008.

"Isso demonstra o seu apetite pelo poder", apontou Feldman.
"Essa é a verdade."


A ironia é que, diante das baixas causadas pela iniciativa de Kassab de criar uma nova sigla, o PSD, o mesmo Alckmin que resistiu à parceria com o ex-PFL quando a agremiação tinha ainda razoável expressão política, agora, quando faz água, torna a recorrer aos seus quadros para recompor a equipe, depois de demitir o vice-governador e titular da estratégica Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Afif, que resolveu acompanhar Kassab.

As fraturas no PSDB paulista ocorrem na pior hora e no pior lugar.
Elas são um entrave para o soerguimento do partido, em sua dimensão nacional.
Qualquer que seja o peso das ideias para o que Fernando Henrique chama "refazer caminhos", as palavras e os atos que constituem a essência da política dependem de líderes dotados de coerência e carisma para proferi-las e praticá-los com credibilidade - e a crise paulista revela políticos que não estão à altura da tarefa.
Sem líderes não se fortifica um partido, muito menos se chega às urnas com chances efetivas de sair delas vitorioso.
Os erros de Alckmin não só o enfraquecem no plano regional, como sufocam as aspirações tucanas na esfera nacional.
Assim os brasileiros não terão uma alternativa viável para o projeto de poder do PT.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

‘Todo mundo aqui pensa que pobre é burro?’


Por Augusto Nunes

A miséria que Lula jura ter acabado invade o Planalto e cobra a promessa aos berros:
‘Todo mundo aqui pensa que pobre é burro’

O ex-presidente Lula aproveitou a entrevista ao jornal ABCD Maior, editado pelos metalúrgicos do rebanho, para fingir que acabou mesmo com a fome e a pobreza que, erradicadas no Brasil Maravilha do cartório, teimam em exibir-se o tempo todo em milhares de esquinas do país real.
“Dilma vai lançar o programa de combate à miséria absoluta, onde fará um pente fino para descobrir quais são os pobres que ainda não foram atendidos”, gabou-se o recordista nacional de bazófia e bravata.

Tradução: são tão poucos os exemplares da espécie virtualmente extinta que só com a mobilização dos recenseadores do IBGE será possível localizá-los ─ e descobrir as misteriosas razões que os levam a recusar a carteirinha de sócio do Clube da Nova Classe Média.

Lula deveria ter combinado com os fatos, soube-se nesta segunda-feira.
Uma representante dos milhões de pobres que só tem têm três refeições por dia no país-do-faz-de-conta invadiu o Planalto para desmentir aos berros a fantasia do palanqueiro.

Depois de driblar a segurança do Palácio do Planalto, a brasileira Eliane dos Santos Silva só foi detida quando subia a rampa do segundo andar que dá acesso ao gabinete de Dilma Rousseff.
Impedida de falar com a presidente, revelou aos gritos o motivo da viagem ao coração do poder: quer a casa própria que Lula e Dilma prometeram à população de baixa renda durante a campanha eleitoral.

“Todo mundo tem direito à habitação”, protestou Eliane, com uma criança no colo e chorando.

“Eu sou mãe de três filhos.
Direito para pobre, não tem.
Para rico, sempre arranja uma brechinha.
Todo mundo aqui pensa que pobre é burro”.


Não pareceu mais otimista ao saber que um assessor anotaria a reivindicação.
À saída, os jornalistas colheram outra informação interessante.

Enquanto espera a casa prometida, Eliane dos Santos Silva sobrevive em São Bernardo do Campo.
A uma viagem de ônibus do apartamento do ex-presidente que, por 200 mil reais, topa contar em palestras de 50 minutos o milagre que hoje o impede de enxergar um único pobre em todo o Brasil.

"A coisa tá feia"

Militares revoltados cercam o Planalto.
Presidente despacha em casa.

No Coturno

Parece piada.
Pelo segundo dia consecutivo, a presidente Dilma Rousseff decidiu despachar no Palácio do Alvorada, residência oficial.
Desde segunda-feira, um grupo de manifestantes protesta com forte barulho de buzinas em frente ao Palácio do Planalto.
A manifestação é promovida pela Anece (Associação dos ex-Soldados Especializados da Aeronáutica).
Pouco mais de meia dúzia de militares exigem a reincorporação dos concursados demitidos da Aeronáutica.
Dilma, a presidente irritadiça, não quer saber de barulho e resolveu adotar o home office presidencial.

Brasil à deriva

Marinha: pindaíba deixa navios fora de operação

As dificuldades financeiras e orçamentárias da Marinha, agravadas com os cortes de R$ 4,3 bilhões no Ministério da Defesa, ordenados pela presidenta Dilma, mantêm paralisados, por problemas de manutenção, o navio de desembarque Ceará, as corvetas Inhaúma e Júlio de Noronha e o navio-tanque Marajó.
Há também o caso do porta-aviões São Paulo, que, parado há três anos, foi ao mar em testes duas vezes, mas teve de retornar: havia vazamentos por todos os lados.

Fora de combate
Também estão parados, sem previsão de voltar ao mar, os navios de desembarque Mattoso Maia e Rio de Janeiro e a fragata Defensora.
Marinheiro sofre
A tripulação da fragata Constituição se viu obrigada a retornar, no meio de uma operação, com a engrenagem redutora do navio quebrada.
Intocáveis
A Marinha concentra esforços (e recursos) nas obras do estaleiro e da base de submarinos, a cargo da empreiteira Odebrecht. Humm...
Já a tropa...
O ministro da Defesa proibiu as folgas semanais (“licença-fome”) na Marinha para economizar alimentação da tropa, energia e combustível.

No Claudio Humberto

Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma Rousseff

O video é do ano passado, anterior à eleição, mesmo assim quem promoveu esse desfalque no bolso do trabalhador venceu, provavelmente por falta de informação, muito deficiente em nosso país, portanto, continuamos no prejuízo.


No Youtube

China age para transformar Brasil numa colônia comercial?

Após uma semana na China, a viagem da presidente Dilma Rousseff amoleceu em matérias de direitos humanos ‒ parece que serão enrijecidos só no Brasil ‒ e concentrou-se no comércio.

Qual foi o balanço?

Um jornal econômico ‒ “Valor” 14.4.2011 ‒ o fez em editorial, apontando para uma inquitante conclusão: o Brasil progride para ser uma colônia comercial da China.
Só comercial?

Eis as conclusões principais do jornal AQUI.

Será que desenhando mais pessoas entendem?

Leitor petista finge que não entende, mas mesmo assim, nós desenhamos
No Implicante

Diariamente ouvimos versões e mais versões fantasiosas sobre o que acontece no país.
A tática é simples, mentir, mentir muito, ininterruptamente, “diuturnamente e até noturnamente” como diria a ‘presidenta’, de modo a impedir uma apuração clara sobre os fatos.
Eles buscam confundir, soterrar a população de promessas, falácias, para, enfim, manter-se no poder.
Parece exagero o que digo?

Vejam alguns exemplos AQUI.

A MENTIRA COMO MÉTODO

A falácia petista não é novidade, o problema é que ela foi assimilada e passou a ser encarada como algo natural do jogo político.
Na prática, àqueles que deveriam agir de modo a preservar a integridade das informações passam a ser agente de legitimação de um estelionato.

Nesta madrugada (27), ao comentar a mudança de discurso com relação às privatizações dos aeroportos, o repórter e comentarista político do Jornal da Globo, Heraldo Pereira emitiu a seguinte opinião:
“A realidade da prática de governar é assim mesmo.
Os discursos ideológicos acabam sendo deixados de lado”.


Quando um jornalista abdica de sua função de apurar – e, pasmem (!), até contradizer -, e passa a admitir o engodo como prática comum, é sinal que as coisas já tomaram um rumo perigoso.

A lista é longa, e nosso trabalho está só começando.
Já que a lógica foi subvertida, e parece tão difícil assimilar a maioria dos fatos, tentaremos ilustrá-los.
Quem sabe desenhado a patrulha entende.

Desculpa esfarrapada não convence mais

Inflação: Brasil tem história diferente e deve tomar cuidado
Por Miriam Leitão

O presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disseram ontem que no mundo inteiro há inflação.
Mas o Brasil é completamente diferente dos outros países, tem uma história recente de inflação alta e alguns problemas de indexação.

No contrato de aluguel, por exemplo, diz que o reajuste será pelo índice maior, lembrança da inflação antiga.

Ou seja, há na economia brasileira resquícios daquele tempo da superinflação.
Passar de 6% para 8% é mais rápido no país do que em outros lugares.
O Brasil é diferente e deve tomar mais cuidado que os demais.

Ouçam AQUI sobre o perigo que estamos correndo e que o governo, há quase uma década no poder, demonstra não ter competência para resolver.

Governo Federal arrecada fortunas e penaliza o país

Conta de luz no Brasil é mais cara que em países ricos
Sílvio Guedes Crespo
Radar Econômico - Estadão

A energia elétrica fornecida para residências no Brasil é mais cara do que em diversos países ricos, como Estados Unidos, França, Suíça, Reino Unido, Japão e Itália, segundo um levantamento feito pelo professor de economia Alcides Leite, especialmente para o Radar Econômico.

Enquanto no Brasil o quiilowatt-hora (kWh) custa US$ 0,254, nos EUA o preço é de US$ 0,133.
Tomando como exemplo uma família que consome mensalmente 300 kWh, o gasto anual com a conta de luz fica em US$ 914,40 no Brasil e US$ 478,80 nos EUA.

O economista Paulo Rabello de Castro analisa a pesquisa:

“Carga tributária incidente sobre energia elétrica é uma das maiores do mundo".

No Brasil, o preço médio da energia elétrica residencial gira em torno de US$ 0,25 / kWh.
É um dos mais elevados do mundo.

Isto porque, a carga tributária (tributos e encargos) incidente sobre o setor elétrico nacional representa 45% do valor da tarifa paga pelo consumidor residencial.

A tarifa brasileira é superior a da francesa, onde a matriz energética é muito cara, por ser de natureza essencialmente nuclear.
No Brasil, paga-se quase 70% a mais do que na França.
Em relação aos EUA, a diferença é ainda maior.
O preço da energia elétrica brasileira é o dobro da norte-americana, o maior consumidor per capita desse serviço no mundo.

Desta forma, são penalizadas principalmente as classes de menor renda, cujo dispêndio com serviços essenciais e alimentação representa parcela majoritária de seus gastos correntes.

A indústria, no entanto, é setor da economia mais prejudicado pelo alto custo energético.
Segmentos eletrointensivos, como os de alumínio, papel e celulose, petroquímicos e siderúrgicos, vêem parte de sua competitividade ser comprometida.
Alguns não exportam o volume que desejariam, ao mesmo tempo em que enfrentam crescente concorrência com produtos importados.

Outro problema é que a elevada participação da energia elétrica no custo total de produção, tanto nesses, como em outros setores, afugenta novos investimentos.

Nesse ambiente, não se pode desprezar o risco de que muitas empresas sejam estimuladas a instalar suas plantas em outros países, onde a tarifa de energia elétrica seja mais barata que a nossa.”

—–

*Alcides Leite, que fez o levantamento de preços de energia elétrica, é professor de economia na Trevisan Escola de Negócios e inspetor-analista concursado do Banco Central.
Autor de “Brasil: A trajetória de um país forte”.

**Paulo Rabello de Castro, autor do comentário acima, é coordenador do Movimento Brasil Eficiente (MBE), que reúne mais de 80 entidades empresariais em defesa da simplificação fiscal e maior eficiência nos gastos públicos.

Setor elétrico impõe derrota a Dilma

Angela Pimenta - Exame

Ao contrário do que o governo queria, ontem a assembleia da CCEE rejeitou a prorrogação do mandato de Antonio Carlos Fraga Machado, apadrinhado político da presidente Dilma Rousseff.

Machado presidia o conselho de administração do órgão, que é responsável pela contabilização e liquidação de contratos do setor elétrico.
A prorrogação do mandato da conselheira Élbia Melo também foi cancelada.

Se a vontade de Dilma tivesse prevalecido, tanto Machado quanto Élbia teriam ficado pelo menos por mais trinta dias no cargo, abrindo a porta para que ambos ficassem mais quatro anos.

Dilma chegou a assinar um decreto, de número 7.464, publicado no Diário Oficial de ontem, determinando a prorrogação.
Mas como a assembleia da CCEE é soberana, reunindo além do governo, representantes do setor elétrico e dos consumidores, seus eleitores decidiram rechaçar o decreto presidencial.

Para o lugar de Élbia foi eleito o executivo Ricardo Lima, com larga experiência no ramo e apoiado pelo mercado.
Até que o governo indique um novo candidato, cujo nome deve ser aprovado pela assembleia, ela será presidida interinamente por Luiz Fernando Couto.

A propósito, segundo o blog apurou, o salário de presidente do conselho de administração da Câmara é de 38 000 reais.

Governo Federal se diz do povão, mas permite "limpeza social"

ONU critica remoções para obras da Copa e Olimpíadas
Fábio Fabrini, O Globo

A Relatoria Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito à Moradia Adequada acusou [ontem] autoridades brasileiras de promoverem despejos forçados nas áreas destinadas às obras da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Dossiê elaborado pela entidade relaciona denúncias de violação de direitos humanos em remoções no Rio e mais sete capitais.

E cobra providências do governo federal que, embora informado dos casos há quase cinco meses, ainda não se manifestou, segundo o organismo.

O relatório foi elaborado a partir de queixas encaminhadas por ONGs, promotorias e defensorias públicas das cidades-sede.
Além de citar a pressão das prefeituras para a desocupação, diz que os moradores têm sido avisados da mudança com pouco tempo, sem condições de propor alternativas.
Muitos são transferidos para áreas distantes e sem infraestrutura.
Outro problema é o baixo valor das indenizações, que pode favorecer a formação de mais favelas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Prateleira de projetos.

No Coturno

Em meio ao caos da falta de planejamento do governo federal para a Copa do Mundo 2014, será que o Lula, assim como o crucifixo do Palácio do Planalto, também levou para a sua casa a famosa "prateleira de projetos" que iria deixar para a sucessora?

Conversa de alto nível, mas que todos entendem

Entrevista da senadora Kátia Abreu (TO), futura presidente do PSD, à Folha de São Paulo:

O PSD vai integrar a base do governo Dilma?

Não, nisso eu serei resistência.
Porque não quero trocar favores, quero lutar por princípios democraticamente. T
rocar princípios por ministérios, isso não.


Mas a sra. aceitaria sentar para debater com a presidente?

Eu estou aflita por isso!
Sou presidente da CNA, preciso falar muito com ela!
[canta Roberto Carlos]
Estou aflita para falar da nova política agrícola para o país.
Preciso falar com ela.


Onde vão buscar militância?

Na classe média.

Vai sobrar classe média para todo mundo?

Eu disse isso antes do Fernando Henrique Cardoso e do Lula.
São 100 milhões de pessoas.
Tem que ter foco em quem está sem defesa, totalmente desprotegida.


E qual é o discurso do partido para atrair essa classe média?

A defesa dela como consumidor e contribuinte.
A tributação brasileira não está sobre a renda, está sobre o consumo do sal, do feijão, da manteiga.
E quem é que está contribuindo mais?
Se a classe média é metade do país...


Como avalia esse início de governo Dilma?

Falta mais clareza.
Compreendo que não é fácil cortar gasto público.
Ela não tem alternativa sem uma reforma previdenciária e sem uma reforma política.
Ela diz que não vai cortar nem no PAC nem nos programas sociais.
Quero que ela diga onde é.
Se quiser que os parlamentares abram mão de 100% das emendas, sou a primeira a assinar.


Íntegra AQUI.

Muito dinheiro por nada...

O mês já está acabando e, como previmos, o tal "abril vermelho" do Movimento dos Sem-Terra ficou mais para "cor-de-rosa".
Minguado, o movimento pouco fez.
A diminuição na capacidade de mobilização do grupo é atestada pela Comissão Pastoral da Terra, que, em relatório, revela ter o movimento perdido mais de 300 mil seguidores nos últimos oito anos.
Mas mesmo sem sua habitual massa de manobra, o MST continua sendo um fenômeno, já que enquanto encolhe a olhos vistos, as verbas oficiais recebidas aumentam em progressão aritmética.

No mesmo período, os dirigentes dos sem-terra receberam cerca de R$ 178 milhões por meio de ONGs.

Sorte do MST que o governo não repassa verbas com base no cálculo do número de pessoas que colocam o boné vermelho e participam de invasões Brasil afora.
E azar o nosso, que pagamos a conta.
AQUI

Onda de desemprego continua avançando

Jirau: Cinco mil operários perderão emprego
Cássia Almeida, O Globo

A Camargo Corrêa fechou acordo coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia, estabelecendo as condições das demissões no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Jirau.
O acordo não informa o número total de demitidos.

Mas, segundo o vice-presidente do sindicato, Altair Donizete, a diretoria da entidade foi informada nessa segunda-feira pelo presidente do sindicato, Raimundo Soares da Costa, que serão demitidos cinco mil operários:

- Nós fomos informados hoje.
Serão 4 mil da Camargo Corrêa e mais mil terceirizadas.

Em vez de devolução, governo quer prorrogar taxa

Por Álvaro Dias

Representantes do Procon, dos institutos de defesa do consumidor e da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) encaminharam ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, pedido de providências com relação à devolução dos R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas de energia elétrica dos consumidores.

As grandes distribuidoras de energia admitiram o erro, em 2009, e se comprometeram, na época, a restituir o dinheiro cobrado a mais.

O problema é que, de lá pra cá, o Ministério de Minas e Energia jamais tomou qualquer providência para exigir a devolução dos R$ 7 bilhões, e a Aneel também lavou as mãos.

Mas o mesmo governo federal que não se esforça em exigir a devolução do dinheiro, agora tenta aprovar, no Congresso, a prorrogação, por 25 anos, da Reserva Global de Reversão (RGR), uma taxa que representa 1,23% nas contas de luz dos consumidores, e é um encargo criado em 1957 para arrecadar recursos destinados à compra pela União de ativos de geração, transmissão ou distribuição em eventuais casos de fim da concessão pelas empresas.

De acordo com o Instituto Acende Brasil, os valores recolhidos desta taxa nunca foram utilizados para o fim que foi criado, mas passaram a ser aplicados nos mais diversos programas do governo e, atualmente, somam R$ 15 bilhões em caixa.
Para piorar, o Palácio do Planalto tenta aprovar a prorrogação da taxa por meio de uma emenda à Medida Provisória 517.
Os parlamentares precisam ficar atentos a mais este contrabando do governo, que busca onerar ainda mais a população.

Governo quer desarmar o cidadão, mas o contrabando de armas está praticamente liberado

Corte de verba na PF prejudica vigilância de fronteiras
Na Folha

O corte no orçamento da Polícia Federal para 2011 afetou a fiscalização em regiões de fronteiras e as ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas, informa reportagem de Kátia Brasil e Rodrigo Vargas, publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
Com orçamento previsto de R$ 4,2 bilhões para este ano, o Ministério da Justiça teve um corte de R$ 1,5 bilhão.
O ministro da pasta, José Eduardo Cardozo, disse que a medida foi necessária "para a estabilidade do país".
A Polícia Federal é subordinada ao ministério.

"Salve-se quem puder" - Campanha começa desarmando a polícia

Cortes no Orçamento atingem verbas da PF para operações Publicidade
GUSTAVO HENNEMANN
FÁBIO FREITAS
Folha.com

Os cortes no orçamento da Polícia Federal obrigarão o órgão a reduzir em 35% suas despesas, em relação a 2010, com deslocamento de policiais em operações.
Os cortes ocorrem devido ao contingenciamento de gastos do governo, anunciado em fevereiro.

Na semana passada, a Folha revelou que os cortes já prejudicam ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas na fronteira.

Conforme portaria assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os gastos com "diárias, passagens e locomoção" a partir do Funapol (Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades da PF) estão limitados a R$ 58 milhões em 2011.

A redução de 35% foi calculada pela Folha a partir de dados fornecidos pela ONG Contas Abertas e não considera a inflação do período.

Procurada pela reportagem, a direção da PF afirmou que o órgão não se manifestará.
O Ministério da Justiça não respondeu até a conclusão desta edição.

Basta! - Uma década explorando o bolso do consumidor

Entidades pedem devolução de R$ 7 bi das contas de luz

Ressarcimento pedido à Casa Civil é referente a valores cobrados "indevidamente" devido a erro de metodologia de reajusta de tarifas
Kelly Lima - Hoje em Dia

A Frente de Trabalho de Energia Elétrica, formada por entidades de defesa ao consumidor, encaminhou à Casa Civil da Presidência da República documento reivindicando providências quanto ao ressarcimento aos consumidores de energia dos cerca de R$ 7 bilhões cobrados "indevidamente" por erro de metodologia de reajuste das tarifas.

Segundo a entidade, o pedido enviado ao ministro Antônio Palocci nesta segunda-feira é referente aos valores cobrados a partir de 2002 até a correção no cálculo feita em 2009.

Uma cópia dos documentos foi encaminhada aos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner.

A Frente é formada pela Fundação Procon-SP, pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), pela Associação de Defesa do Consumidor (Proteste) e pela Federação Nacional dos Engenheiros.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

E A Arábia Saudita Dos Trópicos?

Grande Cacique da Tribo dos Manaós

Durante os anos de mentiras do (des)governo do EX, o que mais se ouvia nas rádios e TV's e se lia nos jornais e blogs chapa branca, eram as quase que diárias descobertas de óleo pela Petrobras.

Principalmente quando pipocavam aqui e acolá os também quase que diários escândalos de roubalheiras e falcatruas dos petralhas e sua gang aliada.

Paralelo a isso, milhares de usinas de bio-combustíveis eram anunciados nos quatro cantos da nação, para processar mamona, soja, dendê, babaçú e qualquer tipo de oleoginosas que brotam aos borbolhões em terras tupiniquins e que seriam a alavanca duma hipotética e inesgotável fonte de renda para os "agricultores familiares" que seriam absorvidos das fileiras do MST e seus assemelhados.

Sem falar nos bilhões de Reais que seriam investidos em plantações de cana de açucar e refinarias de etanol, o melhor do mundo, posto que não seria alternativa a alimentos e sim regeneradores de áreas degradadas.

Palavras oriundas da boca de pântano do EX: "o Brasil será a Arábia Saudita dos Trópicos" e todo o planeta, quiçá o sistema solar inteiro, virá até nossas portas para se abastecer de combustíveis.

Mas como a mentira tem pernas curtas e falta um dedo, com a queda de produção pela entressafra e subida do preço internacional do açucar e a disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustível desde o início do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto.
Faltou combustível em alguns postos do país e a Petrobrás e os usineiros chegaram a importar gasolina e etanol.
Suprema humilhação: duzamericanus tiranos e capitalistas.
Claro que a natureza e o capitalismo selvagem não podem ser os únicos culpados: isso reflete também um problema estrutural do País.

Com o aumento da frota de veículos e o crescimento da economia, e sem investimentos compatíveis na produção de gasolina, diesel e etanol, o País começa a viver um “apagão” de combustíveis.
O consumo de derivados de petróleo (gasolina, diesel e nafta) ultrapassou a produção local, impulsionando as importações, que ficam cada vez mais caras com o aumento do preço do petróleo lá fora, face à crise no oriente e norte da África.

A situação já provocou um déficit de "apenas" US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano.
Em 2000, o rombo era de US$ 3,2 bilhões.


E agora dona deelma?
E agora margarina?
E agora Miroca Belchior e Paulo Bernardo?

Onde ficam os programas e projetos vendidos na campanha como a panacéia do Brasil Futuro?

Gastando como gastam, mal e muito e torrando as reservas, a meta fantasiosa de crescimento e manobrada de inflação irão correr uma na raia da outra: cai quem devia subir e sobe quem deveria descer.

É Soda, como diria Fócrates.

A mais necessária e urgente CPI é a da Saúde!

Por Álvaro Dias

Caos e corrupção na saúde são alvos de CPI desejada pelo PSDB.
Diante do atual panorama caótico, quase trágico, da saúde brasileira – gerado não só pela incompetência administrativa, desorganização, falta de planejamento do governo, como pela corrupção que atinge todas as esferas de poder -, convidei o Líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, para juntos colhermos as assinaturas necessárias à instalação de uma CPI Mista que investigue a área da saúde.

A própria Controladoria-Geral da União, órgão do governo federal responsável pelo controle interno da administração pública, já atestou recentemente que a gestão na área de saúde é hoje a que possui a pior fiscalização, devido principalmente ao controle absolutamente insuficiente das transferências para estados e municípios.

Uma CPI poderia se transformar em um instrumento poderoso para tentarmos conter o rombo que ocorre nos cofres públicos por conta da má gestão e da corrupção. A verdade é que o caos e a tragédia da saúde pública deveriam ser o debate da década, mas a única providência que o governo considera é a ressurreição da CPMF.

Antes de criar um novo imposto, o governo deveria parar de criar empecilhos para a aprovação da Emenda 29, que obriga os Estados a aplicarem 12% das verbas da União na rubrica da saúde, contra os atuais 8% garantidos no Orçamento da União.
Esta Emenda aumenta o volume de recursos obrigatórios para o setor, mas como na prática promove redivisão do bolo da arrecadação de impostos, o governo não deixa a discussão avançar.

Somente com uma nova redistribuição de recursos (não com criação de novos impostos) e com um forte combate à corrupção é que a saúde brasileira poderá começar a sair do atual quadro de tragédia e caos administrativo.

Petistas querem enfraquecer os guardiões da Lei

Congresso quer barrar atos do Judiciário
Deputado petista propõe emenda para estender poder dos parlamentares de sustar atos normativos, como já ocorre com o Poder Executivo
Denise Madueño e Felipe Recondo - Estadão

Insatisfeito com o resultado de julgamentos de temas políticos e desconfiado com as últimas propostas do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso reagiu na tentativa de conter a atuação do Judiciário.
A reação mais explícita veio do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que propôs uma mudança na Constituição que daria ao Congresso poder para sustar atos normativos do Poder Judiciário.

Para Fonteles (PT), Supremo está 'violando a cláusula de separação dos Poderes'.
Além da nova proposta, deputados tiram das gavetas projetos que podem constranger o Judiciário.

Em uma semana, o deputado recolheu quase 200 assinaturas e apresentou uma proposta de emenda constitucional para permitir ao Legislativo "sustar atos normativos dos outros poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa".
Atualmente, esse artigo (art. 49) permite a suspensão pelo Congresso de atos do Executivo.
A alteração estende a permissão ao Judiciário.

Governo discute norma para cortar pensões por morte

A fim de reduzir o elevado deficit previdenciário, o governo articula um conjunto de normas para limitar os critérios de concessão de pensões por morte no Brasil.

Um dos alvos do Ministério da Previdência é evitar que o benefício chegue a pessoas que não necessitem dele, informa a reportagem de Natuza Nery e Gustavo Patu na Folha de domingo.

A Gerenta

Por Mary Zaidan
No Noblat

Políticos, quando precisam exibir eficiência ou amainar cobranças administrativas, cultivam o hábito de apelar aos técnicos.
Uma categoria que no imaginário coletivo não carrega a pecha nem os vícios da política e dos políticos.

Foi assim que Lula apresentou Dilma Rousseff: uma técnica competente, gerentona brava, dura, que corria longe das mazelas dos políticos profissionais.
Aquela que tudo sabia sobre energia, a mãe do PAC, a que, de fato, mandava em seu governo.

Vencidos os palanques e a eleição, Dilma não prestou contas dos programas que coordenou para o seu padrinho, muito menos deu norte ou fôlego aos que prometeu iniciar.
Projetos gerenciados por ela desde que assumiu a Casa Civil de Lula, há mais de quatro anos, empacam ou insistem em não sair do papel.

O de saneamento tem menos de 2% concluído, os de ferrovias não chegam perto disso.
Só para citar alguns exemplos.
Com ela na presidência, o PAC só executou 0,25% dos recursos previstos.

Dilma e a sua gestão se desentendem como se um fizesse oposição ao outro.

Um dos melhores exemplos é o Minha Casa, Minha Vida, menina dos olhos da presidente. O programa não consegue sair do lugar.
Ao contrário, anda para trás.

Embora a Caixa Federal relate um milhão de casas em produção, menos da metade foi entregue e apenas 10% delas ao público alvo de até três salários mínimos.
Ou seja: é impossível atingir a promessa de 60% de moradias para essa faixa de renda.

O maior problema, alegam, é o custo do terreno, especialmente nas grandes metrópoles.
Ora, não é admissível que o programa tenha sido planejado sem levar em conta essa variável.
Seria admitir uma incompetência sem precedentes.

Nem mesmo empreendimentos simbólicos escapam.
O Residencial Nova Conceição, em Feira de Santana (BA), primeiro do programa, vendido e revendido a terceiros, virou caso de polícia.

O de Governador Valadares (MG) é ainda mais irônico.
Inaugurado por Lula e Dilma em fevereiro de 2010, com fogos, textos e fotos no site da Casa Civil e no blog da então candidata ilegal e extra-oficial, o conjunto destinava-se a famílias removidas de áreas de risco, que hoje correm o risco de nada ter: as casas, erguidas sobre um lixão, ruíram, outras foram saqueadas, estão sem telhas ou fiação.

Não era bem essa a vida prometida.

Em Parintins, no Amazonas, a falta de senso é de arrepiar.
Para dar lugar às casas foram derrubadas 207 castanheiras que sustentavam 130 famílias.
Fora o absurdo de o governo ser o agente desmatador, é claro que a compensação, com o plantio de mais de mil árvores idênticas, não foi feita.

Ainda que fosse, só estariam maduras para garantir o sustento dos netos dos que perderam seu ganha-pão.

Tida como estreante na política, Dilma não deveria sê-lo como gestora.
Ou, então, tudo não passou mesmo de uma bem sucedida encenação.
Conseguiram criar, com sucesso inigualável, a figura da gerente eficaz.
Falta só tirar o script do papel.

domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa é Ressurreição



A maldade, a mentira e a corrupção crucificam milhares de inocentes todos os dias, enquanto há quem negue o medicamento aos mais carentes para que suas mesas sejam fartas;
Quando há quem aceite a convivência com o crime, seja pela cumplicidade ou pelo silêncio;
Quando o pouco que oferecem aprisiona consciências.
O mal pode reinar enquanto permitimos, enquanto não entendemos porquê estamos aqui.
Mas não há o que temer, Ele está no meio de nós.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A ORAÇÃO QUE CAUSOU CONTROVÉRSIA....


Os livros sagrados são repletos de passagens e significados que indicam caminhos, mas todos, à sua maneira, nos preparam para a "Grande Festa".
Para celebrarmos o tempo de LUZES passamos por um período de recolhimento, reflexão e aprendizado, seja qual for a finalidade.
Os cristãos, por exemplo, são convidados a participar da Quaresma vivendo a Palavra de Deus.
Outras denominações também vivem este momento de um jeito especial, há, inclusive, citações sobre portais que se abrem numa oportunidade única para que possamos avançar em mais um nível de consciência, um passo a mais no processo de evolução.

Prova de amor maior não há mais significativa que o sublime sacrifício de Jesus pela humanidade.
Como podemos esquecer seus ensinamentos?
Hoje vivemos seu sofrimento, mas já sabemos que os próximos dias serão de Glória e, com isso, renovaremos nossas esperanças de alegria e transformação.

Como o blog não trata desses temas, deixo para os especialistas, fiz apenas uma introdução para indicar o propósito da criação deste espaço, que busca repassar informações e, ao mesmo tempo, compartilhar ideias e opiniões.

Pra não fugir à visão crítica, que faz parte de minha essência, porém, sem querer ditar verdades que são somente minhas, noto que vivemos um momento de revelação, pessoas afins, que outrora se engalfinhavam aparentemente em lados opostos, estão naturalmente se aliando e formando grupos totalmente distintos do que víamos no passado.

Mas o que me anima é que, até então, as pessoas comuns costumavam se organizar somente quando havia algum interesse, ou seja, atividade profissional, reuniões familiares e de amigos ou eventos sociais.
A novidade é o encontro para debater ideias, favorecido, principalmente, pelo advento da internet, que rompe barreiras e agrega pessoas de todas as partes do mundo.

Por este, entre outros motivos, especialmente quando construímos uma família incrível, conhecemos os melhores amigos do mundo e, até mesmo no mundo virtual, entramos em contato com turmas sensacionais, leva-me a acreditar que a vontade de contribuir nos aproxima das melhores pessoas.

E o mais importante, aumenta a esperança no ser humano, não apenas na resignação com o País Maravilha vendido pela propaganda, mas o despertar de consciências para a realidade e para o que precisa ser debatido e realizado.

No clima de oração deste dia, apresento algo diferente que causou grande impacto num determinado momento, mas que continua atual e, provavelmente, pode ainda provocar alguma reação positiva, no sentido de animar para a busca da verdade e da ação necessária para um mundo melhor.
Recebi o audio de um amigo e partilho com vocês.

A ORAÇÃO QUE CAUSOU CONTROVÉRSIA....



Para quem quiser curtir com o audio - Oração da Controvérsia
Videos de Julio Cesar Camerini AQUI.

Senadora do PT critica oposição por fazer oposição

Implicante



Na última terça (19) a senadora Gleisi Hoffman (PT/PR) interrompeu o pronunciamento do senador Álvaro Dias (PSDB/PR) no momento em que o tucano comentava uma reportagem publicada pela revista Veja.
O mais curioso foi a argumentação apresentada pela senadora petista durante o aparte: o senador estaria toda semana “lendo jornais e revistas do país”, e baseando seus comentários em “reportagens”.

PT acusado de ‘aparelhar’ 20 mil cargos na ECT

No Claudio Humberto

Técnicos de carreira da Empresa de Correios e Telégrafos revelam que está em curso um silencioso aparelhamento da estatal por militantes do PT, ocupando mais de mais de 20.000 postos de chefia, do nível estratégico ao tático-operacional.
Para facilitar isso, o diretor Nelson Luiz de Oliveira Freitas, considerado o presidente da fato da ECT, reduziu os requisitos para cargos de chefia, em todos os níveis.
Fundo do poço
Agora, nos Correios, quase não são exigidas formação e experiência para ocupar cargos de chefia; basta ser filiado ou apadrinhado do PT.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

#OrgulhoFHC

O presidente mais importante que o Brasil teve depois da metade do século XX
Por André Henrique



Nos últimos dias o twitter foi tomado por uma onda.
A onda FHC.
Os internautas criaram a tag #OrgulhoFHC e o sucesso foi estrondoso.
Milhões aderiram.
O termo foi parar na liderança dos mais repassados do site de relacionamento.

Os que mais aderem à tag são os jovens.
Justo no país em que dizem que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é impopular.
Estranho.
Por que milhões o idolatram?
Devemos perguntar isto aos jornalistas ligados ao petismo que ajudaram proliferar esta mentira.
Assim como ajudaram proliferar mentiras tais como:
1) FHC disse que os aposentados são vagabundos
2) FHC disse para esquecermos tudo que ele escreveu.

No primeiro caso, FHC referia-se a funcionários que vivem parasitados no erário durante décadas e pedem aposentadoria aos 40 e poucos anos.

O segundo caso é invencionice completa.
Eles queriam grudar a seguinte pecha no então presidente: “o ex-socialista, agora no poder, está traindo seus escritos e vendendo o país”.

Como se um presidente não fosse filho de uma circunstância. FHC deparou-se com a abertura econômica e com a necessidade de colocar o Brasil no compasso da globalização.
Com estatais apodrecidas pelo clientelismo, pelas dívidas, pela incapacidade de investir e sem condições de gerar empregos, o presidente as privatizou.
E elas estão aí, dando lucros ao Estado - logo, à sociedade – gerando empregos como nunca antes na história deste país etc.

FHC debelou a inflação e, em seu governo, o Brasil conheceu os sabores da estabilidade econômica e política.
Portanto, a tal herança maldita da qual falam os petistas não passou de trapaça política.
A juventude que adere em massa ao #OrgulhoFHC é herdeira dos benefícios gerados pela estabilidade econômica e pelas privatizações.
Logo, o que os petistas chamam de maldito – e que cinicamente mantiveram – os jovens veneram.
E por isso gostam do FHC.

Se os tucanos tivessem defendido o legado do ex-presidente, desde 2002, ou estariam no governo ou a oposição teria, pelo menos, identidade.
Coisa que hoje não tem.

Alguns presidentes governam um país em circunstâncias desfavoráveis e, mesmo colocando sua biografia em risco, tomam medidas impopulares pensando exclusivamente no interesse público.
Este foi FHC.
Lula encontrou o palco pronto.
Manteve a política econômica do antecessor.
Herdou a inflação controlada.
Continuou os programas sociais construídos e unificados pelos tucanos.
FHC, não.
FHC construiu o palco.
Lula cantou em cima.
(...)
Só um cretino – ou analfabeto - para negar que os fundamentos que alicerçam o governo Lula são os fundamentos construídos pelo governo FHC.
Íntegra Via Política.

Os subempregos da Dilma.

No Coturno

Está na hora da oposição sair do ar-condicionado, onde perde todas, ir para a rua e ver de perto o subemprego que virou prática no Brasil.
Primeiro, foi a explosão de insatisfação na Hidrelétrica de Jirau, uma obra do PAC.
Agora, todos os dias surge uma nova denúncia de condições degradantes em obras do programa Minha Casa, Minha Vida.
Que tipo de emprego a Dilma está criando no Brasil?
Subemprego?
Mão-de-obra escrava?
Vamos virar uma China tropical?

Discurso do desgoverno virou pegadinha, cai quem é bobo

Pegadinha by Carlos Varaldo ->

"Estão em fase de implantação dois centros de atendimento, um em colaboração com a Universidade de São Paulo e outro com a Universidade do Rio Grande do Sul, ação que integra o plano nacional, com 50 leitos, dos quais 12 para menores.
Isso comprova a nossa preocupação com crianças, adolescentes e jovens.
A proposta é ter, pelo menos, um centro em cada região do país.
Será desenvolvida uma grande ação de prevenção e diagnostico."


Essa foi à resposta dada em entrevista publicada no jornal O Globo de 20 de abril de 2011 por um funcionário do ministério da saúde.
Como muitos apressadinhos devem ter pensado que se tratava de resposta dada por alguém responsável pelas hepatites é necessário esclarecer que foi uma resposta dada por Paulina do Carmo Duarte, secretária Nacional de Políticas sobre Drogas.

Lamento profundamente que o enfrentamento a epidemia que assola centenas de milhares de viciados em Cocaína, Crack e agora o Oxi esteja limitado a “grande ação” da implantação de 50 leitos, colocado ainda como resposta a grande preocupação que o problema suscita no ministério da saúde.

Qualquer semelhança com as ações no enfrentamento das hepatites, não é simples coincidência, lamentavelmente é a mais triste realidade.
Vemos que não somente nas hepatites B e C as ações são pífias ou de maquiagem para enfrentar o problema.
Assim acontece em muitas outras áreas da saúde.

MegLon

Produtores de dossiês fajutos e destruidores da honra alheia querem proibir denúncias de seus crimes



Senadora petista confunde imprensa e Parlamento com delegacia de polícia e tribunal.
Então vamos fazer um desenho pra ela…

Reinaldo Azevedo

Escrevo este post para evidenciar o respeito que os petistas têm pela imprensa e como eles entendem, de fato, a natureza do jornalismo numa sociedade democrática.
São uns verdadeiros agentes da civilização!
Aliás, sua compreensão sobre o papel do Parlamento é igualmente encantadora.

Observei aqui na manhã de ontem que a oposição estava calada sobre aquela que reputo como uma das notícias mais graves vindas a público nos últimos tempos.

Felizmente, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) rompeu o silêncio e lhe faço, então, justiça.

Antes que prossiga, uma breve memória sobre o tal caso.

Na Veja desta semana, Policarpo Junior conta os bastidores da indicação e da “desindicação” de Cesar Asfor Rocha, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

Ninguém menos do que o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, começou a espalhar que Asfor havia recebido R$ 500 mil para votar a favor de uma empresa num julgamento no STJ e não teria cumprido o combinado.

Quem lhe teria contado?
Segundo o próprio Apedeuta confidenciou a várias pessoas, foi Roberto Teixeira, seu compadre, amigo de fé, irmão, camarada — e também o consultor da tal empresa.
Asfor votou contra a dita-cuja.
A história posta para circular por Lula faz sentido?
Não parece!
Quer dizer que Asfor não teria tido pudor nenhum ao pegar a grana, mas teria se enchido de pruridos na hora do voto?
É claro que ele nega a maledicência.

De tudo, uma coisa é certa: Asfor não votou como queria Teixeira e foi desconvidado.

Muito bem!
Álvaro Dias levou a questão para o Senado Federal, observando que a Casa não poderia “ignorar um fato de tal gravidade”.
E não pode mesmo!

Foi interrompido pela petista globetrotter Gleisi Hoffmann, senadora pelo PT do Paraná e mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo — aquele que vai cuidar do marco regulatório da “mídia” (lembram-se disso?).
Ela já foi secretária de Estado do Mato Grosso do Sul na gestão de Zeca do PT (que entrou para a história…) e secretária de Gestão Pública de Londrina.
Agora é senadora.
Transcrevo o diálogo de ambos, publicado no site do jornal “Gazeta do Povo”, do Paraná.

Gleisi - Estou chegando à conclusão aqui, Senador Alvaro Dias, que uma das suas maiores atividades como Senador é ler os jornais e as revistas deste País, porque, toda semana, V.Exª vem a este plenário, sobe à tribuna…

Alvaro - Também isso.
No partido em que o chefe despreza a formação escolar, a senadora, que é advogada, despreza a leitura.
Faz sentido!


Gleisi -…ou está nesta Bancada e sempre fala sobre uma reportagem.
As suas denúncias bombásticas são baseadas nas reportagens a que o senhor se refere.


Alvaro - Não estou fazendo denúncia alguma, Senadora.

Gleisi - Sim.

Alvaro - V.Exª deve respeitar o seu interlocutor.

Gleisi - Eu estou respeitando.

Alvaro - V.Exª não venha com a pretensão de diminuir quem faz oposição nesta Casa com decência e com dignidade.
Se V.Exª quer apartear, o faça, mas com o necessário respeito.


Gleisi - Eu estou fazendo com respeito.
Se não respeitasse, não faria o aparte.


Alvaro - A voz de V.Exª é delicada, mas o teor que expõe através…
Se V. Exª quiser apartear com respeito, V. Exª terá o aparte.


Chamem a Ideli Salvatti de volta ao Senado — está lá perdida no Ministério da Pesca, entre as piabas e os lambaris.
Lembro à senadora Gleisi Hoffman que praticamente todas as “denúncias” contra políticos foram “baseadas nas reportagens”.
Sabe o que é, senadora?
Uma parte da imprensa faz em defesa do Brasil o que caberia ao Parlamento fazer.
A turma de PC Farias não gostava da imprensa.
Os anões do Orçamento não gostavam da imprensa.
A turma do mensalão não gosta da imprensa…

...................
Gleisi - Estou aparteando e com muito respeito.
Quero dizer a V. Exª que tudo o que o Senhor fez aqui, desde que iniciou a sua fala, foi um juízo de valores.
V. Exª começou julgando o Presidente Lula, fazendo ilações sobre uma matéria que disse que alguém disse que outro disse.
Não há qualquer prova no material que V. Exª leu.
Por diversas vezes, V. Exª se dirige a este Plenário, a esta tribuna, para fazer denúncias sem provas concretas.
V. Exª está lidando com a vida e com a honra das pessoas.
Peço a V. Exª que tenha mais responsabilidade quanto a isso e o faça com muito respeito.
V. Exª pare realmente de ter juízo de valores.

...................
Gleisi não sabe para que serve o Senado; não tem a menor noção da função do Parlamento. Deputados e senadores gozam de imunidade justamente porque PODEM E DEVEM FAZER JUÍZOS DE VALOR.

Aliás, senadora, “juízos de valor”, não “juízo de valores”.
Quem fazia “juízo de valores” era Delúbio Soares.
Entendeu ou quer um desenho?
O Senado não é uma delegacia de polícia ou um tribunal.
Muito me espanta que a advogada Gleisi se saia com uma batatada dessas.
Para que um inquérito seja aberto, por exemplo, não é necessário “a” prova; basta um indício!
A fase do recolhimento de provas é posterior.
Mas Parlamento, reitero, não é tribunal.

Quanto à reportagem, dizer o quê?
O Brasil pode não ter ganhado uma excelente senadora (o tempo dirá), mas o jornalismo, felizmente, não teve de se haver com o que seria uma péssima profissional.
E o direito também está a salvo de seus “juízos de valor”.

Na reportagem de VEJA, HÁ APENAS O TESTEMUNHO DO PRÓPRIO ASFOR, CONFIRMANDO QUE O BOATO SOBRE O SEU NOME passou pelo presidente da República.
Sem contar que sou sempre tomado de encantamento quando um petista protesta contra uma “acusação sem provas”…
...................
Alvaro - Quero agradecer aos ensinamentos sábios da Senadora Gleisi.
Ela vem ao Senado para aconselhar os seus Colegas Senadores.
Quero dizer que dispenso os seus conselhos.
Obviamente, todos que estão prestando atenção à minha fala estão verificando que estou tendo o cuidado de repetir até que não estou fazendo juízo de valor.
Agora, para ela, faço juízo de valor.
É um problema dela.
Não faço juízo de valor; apenas relato um fato que é público, notório, da responsabilidade das autoridades públicas deste País, que não pode ser ignorado não só pela oposição, mas pela instituição Senado Federal.
Aqui, Ministros são sabatinados.
Temos a responsabilidade, sim, de esclarecer denúncias.

...................

A fala de Álvaro Dias é correta.
Em último caso, quem aprova a indicação feita pelo presidente da República é o Senado Federal.
Noto que Gleisi desconhece o papel da imprensa e, pelo visto, também o de um parlamentar.
Não é mais apurado o seu “juízo de valor” sobre a liberdade de expressão.
A ela é reservado o direito de contraditar um colega.
Mas ser “instrutora” do seu pronunciamento, julgando o que ele tem ou não o direito de dizer, bem, aí não!

Paulo Bernardo, o marido, vai cuidar do marco regulatório da “mídia”.
Espero que não se deixe influenciar pelas lições de Gleisi sobre imprensa e liberdade de expressão.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Olha a Censura aí, minha gente!

Tornou-se hábito da mesa do Senado, ocupada pela base aliada do governo federal, fechar o som do microfone do Senador mais combativo contra a corrupção e na defesa da população penalizada por essa prática criminosa.

O Senador Álvaro Dias tem levantado questões importantes e imprescindíveis, numa luta praticamente solítária, atreve-se a enfrentar as feras no seu habitat, mesmo sabendo da sua voracidade.
E uma das artimanhas que atentam contra a democracia é utilizada diante das câmeras que transmitem as imagens para todo o país.

Trata-se de uma evidente tentativa de censura, que culmina com as intervenções inescropulosas daqueles que querem defender o indefensável.

Um dos apartes mais estapafúrdios, uma agressão ao estado de direito, é comentário da jornalista Dora Kramer, no Estadão


Foi mal.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT) tentou desqualificar cobrança do senador Álvaro Dias (PSDB) para que o Ministério Público investigue a oferta de propina que teria provocado o recuo na indicação do ministro Cesar Asfor Rocha para o Supremo, dizendo que o tucano é especialista em repercutir denúncias feitas por jornais e revistas.
No caso específico, a Veja.

Sempre diligente em seu ofício, desta feita a senadora tropeçou ao esquecer que ninguém esquece que o PT, quando oposição, não só fazia da imprensa sua caixa de ressonância como municiava jornais e revistas com dados muitas vezes sigilosos de comissões parlamentares de inquérito para produzir suas denúncias.

O desdém com o papel dos meios de comunicação pode ser um atalho quando se precisa de um instrumento de defesa.
Mas também é um indicativo de que não se dispõe de nenhum outro mais convincente.

Como explicar o ódio do PT contra FHC? #orgulhofhc

Gente que Mente
Eduardo Graeff, Folha de S. Paulo, 20/04/11

Vou andar com uma cópia do artigo que o senador Walter Pinheiro publicou aqui contra Fernando Henrique Cardoso (“O príncipe e o povo”, 17/4/2011).
Vai ser útil quando me perguntarem qual é, afinal, o problema do PT.

O grande problema é a desonestidade.
Não falo só da corrupção desenfreada.


Pior que isso, para mim, é a desonestidade intelectual: o uso sistemático da mentira como arma política.
Este é o pecado original que inspira outros pecados do PT, idiotiza seus quadros, polui sua relação com os aliados, azeda o diálogo com adversários e o indispõe com a liberdade de imprensa.

O ataque do senador petista escancara esse problema.
A leitura deturpada de um artigo de FHC (“O papel da oposição”, reproduzido pela Folha.com em 13/4/2011) foi o pretexto do senador para martelar numa velha tecla: FHC não tem “sentimento de povo”!

O PT repete baboseiras como essa desde que escolheu FHC como inimigo.

A escolha, como se sabe, deu-se em 1993.
FHC pediu apoio ao PT para o Plano Real.
Em troca, o PSDB poderia apoiar Lula para presidente em 1994, como apoiara em 1989.

O PT preferiu apostar contra o real.
O plano deu certo, o PSDB lançou FHC para presidente e ele derrotou Lula no primeiro turno.
Imperdoável!


Um erro leva a outros.
Do Fundo Social de Emergência à Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT se opôs a tudo que representou consolidação da estabilidade e modernização da economia no governo FHC.

Como se opôs a tudo que representou inovação das políticas sociais, do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) à Bolsa Escola, que Lula chamou de “Bolsa Esmola”.

A inconsistência das “bravatas” ficou clara quando Lula chegou ao governo e abraçou as políticas de FHC.
Isso não impediu Lula de inventar a “herança maldita”.
Nem impede o PT de atacar a sua caricatura de Fernando Henrique com tanto mais fúria quanto menos evidentes ficam as diferenças de suas políticas com as do FHC real.

Walter Pinheiro levou esse expediente ao nível do grotesco.
Segundo ele, no governo FHC o povo “comia uma vez a cada três dias”.
Só foi comer três vezes por dia no governo Lula.
Supõe-se que o povo foi votar em 1998 de barriga vazia.
Na verdade, reelegeu FHC porque queria manter as conquistas do real.

Nos oito anos antes de FHC, o valor real do salário mínimo, roído pela inflação, diminuiu 36%; o valor das aposentadorias do INSS maiores que o mínimo diminuiu 56%.
Nos oito anos de FHC, o salário mínimo teve aumento real de 44% e as aposentadorias tiveram aumento real de 21%.

Como se o repertório de mentiras do PT não bastasse, o senador desenterrou uma lorota de Jânio Quadros.
Com um toque pessoal: a “arguição” a que o senador se refere, sobre onde fica Sapopemba, nunca ocorreu, porque Jânio fugiu dos debates com FHC.
A frase colou pelo jeito histriônico como Jânio pronunciou “Sa-po-pem-ba”.
Se ele sabia chegar lá, esqueceu como prefeito.
O PT também.
As grandes obras da prefeitura petista de São Paulo foram dois túneis malfeitos ligando os bairros ricos das margens do rio Pinheiros.
E as palmeiras imperiais na frente do Shopping Iguatemi.

Fino “sentimento de povo”, com efeito.

EDUARDO GRAEFF, 61, é cientista político.
Foi secretário-geral da Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Índio é gente

Autor(es): Xico Graziano
O Estado de S. Paulo - 19/04/2011

Hoje é o Dia do Índio.
Merecido.
A data ajuda a valorizar as origens da sociedade, provoca reflexão sobre o presente.
Difícil é descobrir o que guarda o futuro para os remanescentes indígenas.
Haverá espaço para eles na sociedade pós-moderna?

Talvez 5 milhões de nativos, ninguém sabe ao certo quantos, viviam no Brasil na época do descobrimento.
Distintamente da colonização espanhola na América Central, os portugueses aqui não atuaram para dizimá-los.
Longe do confronto, os índios mantiveram espírito colaborativo com os colonizadores.

Eram rudimentares e dispersos os índios brasileiros.
Viviam como na Idade da Pedra.
Ignoravam a faca e o anzol, nunca haviam visto uma galinha ou um cavalo, comiam mandioca, desconheciam a banana.
Não ergueram castelos nem usavam joias.
Esse "atraso" histórico os levou ao encantamento com as bugigangas tecnológicas trazidas pelos portugueses.

Sabe-se que as doenças europeias - gripe, sífilis, rubéola - causaram elevada mortandade nos povos originais das Américas.
A perda de territórios e a miscigenação também foram causas de decréscimo populacional.
Resultado: hoje se contam 460 mil índios nas aldeias, distribuídos entre 225 tribos.
As línguas originais, estimadas em 1.300, reduziram-se a 180 dialetos.
(...)
O núcleo da questão indígena não reside no tamanho da área que eles ocupam. Nem na recente, e controversa, demarcação de novos territórios, que avançam sobre terras agricultadas há décadas, particularmente em Roraima e em Mato Grosso do Sul.
O dilema, mais complexo, advém do papel destinado aos remanescentes indígenas na sociedade atual.
A dúvida parece ser eterna: é melhor mantê-los distantes, isolados, ou certo seria promover sua integração na sociedade?
Tutela ou suicídio étnico?

A prudência indica o caminho do meio.
Mas a rota é difícil.
Os vetores da modernidade, alimentados pela facilidade da comunicação, atingem em cheio as aldeias indígenas, afetando seus costumes e danificando sua cultura secular.
Levam, ao mesmo tempo, qualidade de vida e alcoolismo, televisão e prostituição.
Como se opor ao progresso?
(...)
Nós somos levados a ser condescendentes com os povos primitivos, talvez por buscarmos um subterfúgio que esconda as mazelas da sociedade atual.
Esse esconderijo mental, ultimamente, inventou que os indígenas seriam "ecológicos".
Um conceito idílico, falso.

Os tupiniquins foram grandes incendiários da floresta virgem, utilizando o fogo para abrir roça - a conhecida "coivara" - e encurralar a caça.
A devastação da floresta atlântica começou com a aliança entre portugueses e índios.
Juntos, com machado afiado, derrubaram todas as árvores de pau-brasil que conheciam.

Questionar a santidade dos antepassados explica parte do sucesso do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, imperdível livro de Leandro Narloch.
Ele "joga tomates" na historiografia oficial e contesta o mito do índio como homem puro, vivendo em harmonia com a natureza, ideia comum na cabeça das pessoas, das crianças principalmente.

Nas comemorações do Dia do Índio, a melhor forma de valorizá-los será tratá-los dentro da sua própria vivência, jamais os estereotipando como sublimes representantes da bondade celestial.
Há índios perversos, como perversos são aqueles que não os toleram.

Apostar na diversidade étnica e cultural mistura respeito com realismo.
As famílias indígenas carecem ter oportunidades, educação, vida saudável, cuidados do Estado.
Nada que ver com a tutela que os trata como se incapazes fossem.

Índio é gente, ser humano, não bicho estranho.

Íntegra AQUI.

O que levou Lula a não indicar Cesar Asfor?

Por Álvaro Dias

No meu pronunciamento de hoje pedi que sejam apuradas as denúncias publicadas na última semana pela revista Veja sobre os motivos que teriam levado o ex-presidente Lula a desistir da indicação de Cesar Asfor Rocha ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Sugeri que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) convoque os envolvidos para prestar depoimento.


Leia mais na Agência Senado e assistam video com a fala do Senador AQUI.

Autorização para roubar

O relatório do IPEA é parte da trama forjada pela quadrilha para roubar sem sobressaltos
Por Augusto Nunes

Jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, sites e blogs concederam espaços de bom tamanho ao relatório do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, o IPEA, sobre o ritmo das obras em 15 aeroportos brasileiros.
Só VEJA destacou, na edição desta semana, o trecho mais importante do documento.
Espertamente limitado a uma frase, escancara o que há por trás da procissão de vogais, consoantes e algarismos: uma jogada ensaiada ─ como avisa o título da reportagem.

“O poder público poderia estabelecer procedimentos diferenciados em relação às obras de infraestrutura nos aeroportos, a fim de diminuir a demora na execução das diferentes etapas desse tipo de investimento”, recomendaram ao governo federal os companheiros do IPEA.

A sugestão foi aceita no mesmo dia.
Menos de 24 horas depois, chegou ao Congresso o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2012, propondo o que os governistas chamam de “flexibilização das regras”.
Podem chamá-la de ”trilha da ladroagem” que ela atende.

Por encomenda da Presidência da República, o que IPEA sugeriu e os parlamentares a serviço do Planalto tentam oficializar é o sumiço de licitações, concorrências, mecanismos fiscais e outras pedras no caminho que leva aos cofres públicos.

O que se propõe é a eliminação de tudo que possa atrapalhar a reedição, em escala ainda mais superlativa, das bilionárias bandalheiras que transformaram os Jogos Pan-Americanos de 2007 num campeonato de gatunagens por equipe, vencido pelo time de supercartolas, ministros de Estado e empresários amigos que joga contra o Brasil decente com o patrocínio do governo (leia o post na seção Vale Reprise).

“São necessárias mudanças, senão não vamos cumprir o cronograma da Copa”, alegou o deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara.

“É um erro o TCU ser capaz de paralisar obras com base em suspeitas de faturamento”.
Conversa de vigarista.
As “suspeitas” são invariavemente comprovadas.
Não é o “cronograma da Copa” que está atrasado.
É o cronograma do PAC, que só avança na imaginação da presidente Dilma Rousseff.
Os 13 aeroportos em obras deveriam estar prontos há muito tempo.
Não para desbloquear o desembarque de torcedores estrangeiros, mas para tornar menos infernal a vida dos passageiros nativos.

O resto do relatório é dispensável.
Até as birutas das pistas em decomposição sabem que as obras não serão concluídas a tempo.
Até um estagiário de engenharia sabe que não é possível fazer em três anos o que deveria ter começado há quatro.
Uns por ingenuidade, outros para cumprir o contrato de aluguel, muitos jornalistas enxergaram no documento apenas a prova de que os técnicos do IPEA ousam apontar problemas que envolvem o patrão.
Reduzido desde 2003 a uma usina de fantasias ufanistas, o instituto teria demonstrado com o documento que recuperara a vergonha.

A frase que recomenda o atropelamento da lei informa que o que pareceu um grito de independência foi um sussurro de cúmplice.
O IPEA acaba de juntar-se à trama que pretende premiar a quadrilha reincidente com a autorização para roubar sem sobresssaltos.

Campanha Internacional da luta contra as Hepatites Virais

Não realizar campanhas de detecção da hepatite C no Brasil pode acarretar mais de 1.000.000 de casos de cirroses nos próximos 10 anos.
Se detectada precocemente, até 600.000 mortes poderão ser evitadas.

"Não saber é ruim, não querer saber é pior,mas não se preocupar com as conseqüências dessa omissão é imperdoável"

Todas as informações necessárias no MegLon.