Entrevista da senadora Kátia Abreu (TO), futura presidente do PSD, à Folha de São Paulo:
O PSD vai integrar a base do governo Dilma?
Não, nisso eu serei resistência.
Porque não quero trocar favores, quero lutar por princípios democraticamente. T
rocar princípios por ministérios, isso não.
Mas a sra. aceitaria sentar para debater com a presidente?
Eu estou aflita por isso!
Sou presidente da CNA, preciso falar muito com ela!
[canta Roberto Carlos]
Estou aflita para falar da nova política agrícola para o país.
Preciso falar com ela.
Onde vão buscar militância?
Na classe média.
Vai sobrar classe média para todo mundo?
Eu disse isso antes do Fernando Henrique Cardoso e do Lula.
São 100 milhões de pessoas.
Tem que ter foco em quem está sem defesa, totalmente desprotegida.
E qual é o discurso do partido para atrair essa classe média?
A defesa dela como consumidor e contribuinte.
A tributação brasileira não está sobre a renda, está sobre o consumo do sal, do feijão, da manteiga.
E quem é que está contribuindo mais?
Se a classe média é metade do país...
Como avalia esse início de governo Dilma?
Falta mais clareza.
Compreendo que não é fácil cortar gasto público.
Ela não tem alternativa sem uma reforma previdenciária e sem uma reforma política.
Ela diz que não vai cortar nem no PAC nem nos programas sociais.
Quero que ela diga onde é.
Se quiser que os parlamentares abram mão de 100% das emendas, sou a primeira a assinar.
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