Matéria do Estadão desta semana revela que a organização guerrilheira da qual participava a presidente Dilma Rousseff planejava assassinar chefes militares, segundo documentos depositados no Arquivo Nacional.
Outra matéria revela que Exército teve ''célula'' de guerrilheiros em 1970.
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Grupo VAR-Palmares se infiltrou em prédio do setor militar onde hoje funciona o 32º Grupo de Artilharia de Campanha
Felipe Recondo e Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo
O grupo guerrilheiro VAR-Palmares, que tinha na sua coluna a atual presidente Dilma Rousseff, conseguiu nos anos do regime militar (1964-1985) se infiltrar numa unidade do Exército em Brasília.
Uma "célula" da organização composta por seis militares desviou armas e ainda planejou levar o arsenal da Granja do Riacho Fundo, uma das residências oficiais da Presidência da República à época.
Documento da Aeronáutica, que integra um acervo revelado pelo Estado e entregue em 2010 ao Arquivo Nacional, revela que, no dia 13 de janeiro de 1970, uma equipe de inteligência do Exército prendeu dois cabos e quatro soldados que integravam uma "célula" da VAR-Palmares no 8.º Grupo de Artilharia Antiaérea, atual 32.º Grupo de Artilharia de Campanha, instalado no Setor Militar Urbano.
A infiltração foi descoberta numa vistoria de rotina nos armários dos militares.
Na busca por materiais furtados, foi encontrado um livro intitulado A verdade sobre Cuba no armário de um dos militares.
Interrogado, ele confessou pertencer à organização da VAR-Palmares e nominou os demais militares que integravam essa célula infiltrada.
Uma sindicância foi instaurada e, conforme relatório secreto do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (CISA), os militares seriam responsáveis por jogar uma bomba na fachada do Banco do Brasil no fim de 1969.
Além disso, já haviam feito e distribuído para outros integrantes da VAR-Palmares cópias das chaves de onde era guardado o armamento da unidade e tinham levado 20 manuais de tática de guerrilha e munição calibre 45 e estariam planejando o sequestro do comandante da 11.ª Região Militar.
No dia da ação do grupo no quartel, conforme documento secreto do CISA, as sentinelas que estivessem de serviço "seriam mortas a sangue frio".
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Como comentou o jornalista Reinaldo Azevedo sobre mais essa revelação:
"Como a gente vê, a turma era ousada.
Tivesse dado certo, teriam passado fogo em alguns milhares.
Como deu errado, foram pedir pensão e indenização."
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