sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eliminar a assinatura do criminoso

Por Reinaldo Azevedo

Em vez de se debaterem medidas para desarmar quem não mata ninguém, seria mais prudente que todos pensássemos um eventual código de ética para tratar casos como a tragédia do Rio.
É claro que ela tem de ser noticiada — até para que se pensem maneiras de minimizar o mal, já que é praticamente impossível impedi-lo.

O que parece inequívoco no perfil desses assassinos é que eles contam com a repercussão do seu ato, com a exposição do seu feito, com a comoção coletiva que sabem que vão causar, o que geraria um efeito-imitação.
Outros, com distúrbios semelhantes, se sentiram compelidos a ganhar a mesma notoriedade.

O que fazer?
É difícil!
Talvez eliminar da notícia nome e rosto dos criminosos, para que sua obra não tivesse uma assinatura.
Segundo consta, é isso o que eles buscam.
Há alguma forma de não lhes entregarmos o que eles querem sem tolher o direito que as pessoas têm à informação e o direito que a sociedade tem de se proteger?
Temos de pensar nisso!

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