Por Reinaldo Azevedo
Em vez de se debaterem medidas para desarmar quem não mata ninguém, seria mais prudente que todos pensássemos um eventual código de ética para tratar casos como a tragédia do Rio.
É claro que ela tem de ser noticiada — até para que se pensem maneiras de minimizar o mal, já que é praticamente impossível impedi-lo.
O que parece inequívoco no perfil desses assassinos é que eles contam com a repercussão do seu ato, com a exposição do seu feito, com a comoção coletiva que sabem que vão causar, o que geraria um efeito-imitação.
Outros, com distúrbios semelhantes, se sentiram compelidos a ganhar a mesma notoriedade.
O que fazer?
É difícil!
Talvez eliminar da notícia nome e rosto dos criminosos, para que sua obra não tivesse uma assinatura.
Segundo consta, é isso o que eles buscam.
Há alguma forma de não lhes entregarmos o que eles querem sem tolher o direito que as pessoas têm à informação e o direito que a sociedade tem de se proteger?
Temos de pensar nisso!
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