Empresas de Marcos Valério receberam R$ 92 milhões
Carolina Brígido, O Globo
Relatório da Polícia Federal sobre o esquema do mensalão revela que as empresas de Marcos Valério receberam 60,5% de todo o dinheiro que o Banco do Brasil utilizou do Fundo Visanet de 2001 a 2005.
Durante o período, foram repassados às empresas de Valério, o operador do mensalão, R$ 92 milhões.
Apesar de citar que as empresas de Valério começaram a receber o dinheiro na gestão de Fernando Henrique, o relatório informa que somente foram detectados serviços não prestados na Era Lula.
É citado o exemplo de contas bancárias da SMPB no Banco Rural.
Até 2002, uma das contas tinha limite de R$ 300 mil.
A partir de 2003, o limite chegou a R$ 10 milhões.
De acordo com o documento, entre 2003 e 2005, as empresas de Valério tomaram empréstimos do Banco do Brasil, do BMG e do Banco Rural para sustentar o esquema.
Houve acordo em pelo menos um empréstimo tomado pelo PT no BMG, alvo de discussão judicial.
O PT assumiu a dívida, e o processo foi suspenso.
Para a polícia, os repasses do BB só foram possíveis porque membros da diretoria de marketing colaboraram com os desvios.
"As investigações indicaram que a diretoria possuía um incrível poder discricionário para indicar as empresas que seriam beneficiadas com verbas de publicidade do Banco do Brasil, originadas tanto do Fundo de Incentivo Visanet quanto do orçamento próprio do banco".
O dinheiro era repassado a beneficiários do valerioduto.
Entre eles estava o próprio Marcos Valério e seu sócio Ramon Rollerbach.
O relatório detalha as quantias.
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