Tornou-se hábito da mesa do Senado, ocupada pela base aliada do governo federal, fechar o som do microfone do Senador mais combativo contra a corrupção e na defesa da população penalizada por essa prática criminosa.
O Senador Álvaro Dias tem levantado questões importantes e imprescindíveis, numa luta praticamente solítária, atreve-se a enfrentar as feras no seu habitat, mesmo sabendo da sua voracidade.
E uma das artimanhas que atentam contra a democracia é utilizada diante das câmeras que transmitem as imagens para todo o país.
Trata-se de uma evidente tentativa de censura, que culmina com as intervenções inescropulosas daqueles que querem defender o indefensável.
Um dos apartes mais estapafúrdios, uma agressão ao estado de direito, é comentário da jornalista Dora Kramer, no Estadão
Foi mal.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT) tentou desqualificar cobrança do senador Álvaro Dias (PSDB) para que o Ministério Público investigue a oferta de propina que teria provocado o recuo na indicação do ministro Cesar Asfor Rocha para o Supremo, dizendo que o tucano é especialista em repercutir denúncias feitas por jornais e revistas.
No caso específico, a Veja.
Sempre diligente em seu ofício, desta feita a senadora tropeçou ao esquecer que ninguém esquece que o PT, quando oposição, não só fazia da imprensa sua caixa de ressonância como municiava jornais e revistas com dados muitas vezes sigilosos de comissões parlamentares de inquérito para produzir suas denúncias.
O desdém com o papel dos meios de comunicação pode ser um atalho quando se precisa de um instrumento de defesa.
Mas também é um indicativo de que não se dispõe de nenhum outro mais convincente.
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