quarta-feira, 6 de abril de 2011

SIM, o Brasil tem Mulher Estadista!

PSD recebe um reforço de peso e um discurso sem meias palavras.

A senadora Kátia Abreu (TO) entrega nesta terça-feira sua carta de desfiliação do DEM, onde era uma das principais lideranças nacionais, para aderir ao projeto do PSD - o Partido Social Democrático, lançado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
A migração para a nova legenda será oficializada na quarta, em discurso no plenário do Senado.

Ela garante que o PSD será de oposição, mas afirma:
"Oposição não é empresa de demolição.
Quem assim pensava e agia era o PT.
A oposição não precisa de adjetivos, mas de caráter".


Trecho de entrevista concedida a João Bosco Rabello, de O Estado de S. Paulo
Íntegra AQUI.

Por que deixar o DEM?

Em busca de uma tribuna mais eficaz para defender meu ideário.
O DEM cumpriu missão histórica admirável, viabilizando a transição democrática com Tancredo Neves e José Sarney, e garantindo a estabilidade dos três governos seguintes.
Mas vive momento de turbulência interna.
Deixo o partido, mas não mudo minha identidade: as ideias e objetivos são os mesmos.


Mas o PSD já nasceu provisório, anunciando fusão com o PSB.

O PSD nasce com ânimo definitivo, para ocupar um espaço que precisa ser preenchido no cenário partidário nacional: os ideais da economia de mercado e do Estado democrático de Direito.
Será o partido da classe média, que se expandiu continuamente desde o Plano Real e hoje reúne mais de 100 milhões de brasileiros que não estão representados no espectro político-partidário.


Então será um partido de centro-direita?

Essa nomenclatura está inteiramente ultrapassada.
O PSD não vem estabelecer um duelo ideológico, esquerda versus direita.
Não vem lutar contra, mas a favor - não do governo, mas do País.
Essa classificação é falsa, anacrônica.
Basta lembrar que o PT, que se define como de esquerda, aliou-se ao Partido Liberal, que estaria à direita, para eleger Lula e José Alencar em 2002.
O PL depois mudou de nome, mas não significa que tenha mudado seu DNA.


Mas seu vínculo com o agronegócio é frequentemente interpretado como uma contradição com o discurso social.

Essa é mais uma falácia dos que querem atribuir aos socialistas o monopólio do bem e vilanizar seus adversários.
Os produtores rurais, que tenho a honra de representar, são muito mais eficazes na erradicação da pobreza que os seus críticos.
São responsáveis pela produção da melhor e mais barata comida do mundo, gerando emprego e renda, no campo e na cidade.
Hoje, há uma forte classe média rural, que antes não existia.
E não foi criada pelo Estado, mas pela economia de mercado.
Até há duas décadas, o Brasil importava alimentos.
Hoje, é um dos maiores exportadores do mundo, garantindo superávits sucessivos na balança comercial.


Outra leitura feita é a de que o partido será uma linha auxiliar do governo.

Faremos oposição, mas não como um fim em si mesmo.
Oposição não é empresa de demolição.
Quem assim pensava e agia era o PT.
Oposição é parte da ação governativa.
O eleitor, ao eleger os governantes, elege também quem os fiscalizará.
Não se trata só de disputar o poder, mas de oferecer ao eleitor um norte, um caminho para o País.


Numa linha "oposição generosa", como alguns propuseram?

Oposição não precisa de adjetivos, mas de caráter.
É preciso que haja compromisso com princípios e metas.
Quando o governo estiver em consonância com nosso programa, terá nosso apoio.
Quando não estiver, não terá.
Ter caráter é ser, acima de tudo, fiel a si mesmo e aos seus próprios princípios.


Mais Katia Abreu: AQUI seu discurso, destacando a crítica à "DITADURA DO PENSAMENTO".

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