Os líderes dos partidos de oposição no Senado e Câmara, além de parlamentares dissidentes da base aliada, se reunirão nesta terça-feira (24/05) para começar a colher assinaturas no requerimento convocando instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investigará os indícios de enriquecimento ilícito e tráfico de influência envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Quem anunciou foi o Líder do PSDB, Alvaro Dias, que lembrou também que a oposição está providenciando um adendo à representação encaminhada ao Procurador-Geral da República, devido às novas denúncias divulgadas pela imprensa nos últimos dias.
O senador tucano, ao falar no Plenário do Senado sobre o pedido de criação de CPI, recomendou ao ministro Palocci que se afaste de seu cargo, até que os fatos sejam esclarecidos.
Para o Líder do PSDB, há elementos suficientes para justificar o afastamento de Palocci.
Alvaro Dias diz que o debate em torno da celebração de contratos com a chamada “taxa de sucesso” comprova que o ministro teria cometido tráfico de influência.
Em seu discurso no Plenário, o Líder do PSDB afirmou que a oposição não pode deixar de se pronunciar e nem de exigir investigações sobre o caso Palocci, principalmente por haver um sentimento de indignação popular em relação a mais este escândalo de corrupção originado na Casa Civil da Presidência da República.
Alvaro Dias afirma que apesar da banalização da corrupção e da prevalência do sentimento de impunidade no País, ainda há uma forte dose de indignação campeando pelo País.
“Não há como a oposição se omitir diante dos fatos revelados.
Em nenhum momento, houve a pretensão entre nós de se fazer juízo de valor, de prejulgar o ministro, mas ele exerce uma função pública e, portanto, tem a obrigação de prestar esclarecimentos à população.
Não podemos conformar-nos apenas com a justificativa retórica.
E o que fez a oposição desde o primeiro momento?
Inicialmente, aguardou que o ministro se explicasse.
Como as explicações não foram suficientes, a oposição adotou todos os procedimentos possíveis para o caso: requerimentos na Câmara dos Deputados, convocando-se o ministro; requerimentos de informações ao COAF, à Receita Federal, ao Ministério da Fazenda; e representação junto ao Procurador da República, para instaurar os procedimentos necessários à investigação judiciária.
Esse é o papel da oposição, e não poderíamos furtar-nos de exercê-lo, de olho nas aspirações da sociedade”, afirmou o Líder do PSDB.
Ainda em seu discurso, o senador Alvaro Dias lembrou os casos recentes de corrupção que ganharam notoriedade nos últimos anos.
Para o Líder do PSDB, a Casa Civil da Presidência vem se transformando em verdadeira “casa mal-assombrada” no governo do PT.
“Na Casa Civil da Presidência, nos últimos anos, surgiram alguns dos grandes escândalos do País.
Inicialmente, Waldomiro Diniz; depois, José Dirceu, envolvido com a idealização de um esquema sofisticado de corrupção, que se denominou de mensalão.
No período Dilma tivemos dois episódios que ganharam notoriedade: um dossiê forjado para intimidar a oposição quando da CPI dos Cartões Corporativos e o episódio Lina Vieira, uma passagem da então secretária da Receita Federal pelo Palácio do Planalto que acabou sendo escondida.
Em seguida, Erenice Guerra, que popularizou a chamada taxa de sucesso, a qual agora volta às manchetes no episódio Palocci.
Portanto, a Casa Civil se transforma, nos últimos anos, em uma casa mal-assombrada”, afirmou o Líder do PSDB, Alvaro Dias.
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