Eleição 2010: PT doou R$ 11,1 milhões a partidos nanicos
Roberto Maltchik e Fábio Fabrini, O Globo
O apoio de partidos aliados à campanha da presidente Dilma Rousseff custou ao PT mais de R$ 11 milhões em 2010.
Alguns dos beneficiados com recursos petistas são partidos pequenos, nanicos até, e de atuação periférica no Congresso.
Outros, como o PSC, chegaram a flertar com a oposição, mas acabaram caindo nas graças da chapa vitoriosa após muita "negociação"(?) política.
Foi recompensado com o maior montante: R$ 4,75 milhões.
Além de minar a campanha adversária, os petistas faturaram 20 segundos na propaganda eleitoral e, de sobra, levaram para o Congresso uma bancada cristã fiel e turbinada.
Os maiores aportes vieram na reta final do primeiro turno (R$ 3,5 milhões), quando Dilma precisava reforçar seu prestígio com os evangélicos para afastar a pecha de candidata pró-aborto.
— "Não fizemos nenhuma barganha financeira por apoio," assegura o vice-presidente do PSC, Pastor Everaldo.
Os repasses mais vultosos foram, diz o PSC, para produzir material contra boatos sobre aborto, já que o próprio PT tinha pedido auxílio.
Até o fim de junho, o candidato Osmar Dias (PR), refletia entre concorrer ao Senado ao lado dos tucanos ou entrar numa disputa com Beto Richa (PSDB) para dar palanque a Dilma.
O PT levou a melhor e o PDT não saiu mal, ao menos nas finanças: recebeu R$ 3,7 milhões.
Dois nanicos, PTN e PTC, receberam R$ 500 mil cada do PT, como reforço de caixa.
O mesmo tanto foi doado a PRB e PR (cada um), este sucessor do PL, legenda aliada que teve o nome envolvido no escândalo do mensalão.
À época, o PL teria firmado acordo de R$ 12 milhões com o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
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