É Natal: Bombeiros realiza sonho de criança que quer ser bombeiro em Mossoró
Bombeirinhos de Maringá
Marcelo Adriano Nunes de Jesus - no site dos Bombeiros do Brasil
Quando criança, sempre que perguntado o que seria quando crescesse a resposta era uma só: bombeiro.
Eu tinha vários carrinhos na cor vermelha e muitos imitando as viaturas dos bombeiros. O tempo passou, eu cresci, mas infelizmente não consegui entrar para o Corpo de Bombeiros Militar.
Tornei-me professor de história.
Acredito que pelos valores que defendem e pela postura que possuem, muitas crianças de hoje em dia ainda têm o mesmo desejo que um dia eu tive: de se tornarem bombeiros militar.
Indiscutivelmente a instituição na qual a sociedade tem maior apreço e confiança.
Mas que não valoriza.
Mas qual será a resposta que daremos às nossas crianças quando perguntarem sobre a remuneração que nossos herois recebem para tamanha responsabilidade?
O que lhes dizer sobre a razão da prisão de 439 pessoas que só se preocupam em salvar vidas e patrimônios alheios os quais em sua maioria eles próprios não possuem?
Qual a explicação que daremos quando questionados do por que da maior autoridade do estado ter chamado pessoas que só se ocupam em diminuir a dor alheia de “vândalos”?
Como explicar a inversão de valores que impera em nosso estado?
Como explicar aos alunos o sentido do termo “sociedade democrática de direito”, se o governador é o primeiro a dar o mau exemplo de totalitarismo na forma de governar?
Como explicar aos pequenos que democracia é o inverso daquilo que nosso governador pratica em relação ao funcionalismo público?
Queridos alunos e a todas às crianças do Rio de Janeiro e do Brasil: bombeiros não são vândalos e policiais não são maus.
São homens e mulheres que assim como vocês sonham com dias melhores.
Eles também têm filhos, irmãos, pais e são seres humanos iguais a vocês, mas são tratados como a escória da sociedade por essa mesma sociedade que defendem.
Aos filhos desses bombeiros toda a minha solidariedade.
Sou apenas um professor, mas tenham a certeza de que a instituição que seus pais e mães representam está muita acima da minha própria, haja vista na educação faltar o essencial: consciência de classe.
Não desanimem, nenhuma ditadura dura para sempre, e seus familiares deram uma lição à Polícia Militar, à Polícia Civil, a Educação e as demais instituições de Estado ao lhes ensinar na prática o sentido de classe e união.
Amanhã, segunda-feira, dia 6 de junho de 2011, minha aula vai ser diferente.
Vou pedir um minuto de silêncio em todas as turmas em que eu entrar em solidariedade a esses herois que foram injusta e covardemente presos.
Vou dizer também, que heróis existem e são de carne e osso, mas eles não ocupam nenhum lugar especial como muitos imaginam além disso se vestem de vermelho, azul, cinza e preto.
São nossos bombeiros e policiais militares e civis;
Um brinde com guaraná aos heróis anônimos desse Brasil e em particular aos BRAVOS ZERO ZERO do Rio de Janeiro.
A luta continua
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