Reescrevi um texto que publiquei no Dia Internacional da Mulher, porém modifiquei um pouco a forma e o conteúdo, pois não tem mais lógica celebrar a data meses depois.
Nada contra as belas, creio que beleza com sabedoria e bondade deve ser algo próximo da perfeição.
Quanto à megera, parece que não tem a simpatia de nenhum cidadão de "boa fé" (adotei a expressão porque acredito na boa fé das pessoas, não é ironia).
Em tempos de multiculturalismos e pluralismos, não dá para tratar de todos os aspectos que compõem o universo feminino dentro de um mesmo contexto.
Como definir um padrão específico para representar a mulher brasileira, por exemplo?
Quem têm projeção na midia?
As imagens produzidas pelo marketing refletem a realidade ou provocam frustação naquelas que não se enquadram em determinado perfil?
Infelizmente, a superficialidade tenta seduzir as que resistem às condições impostas pelos criadores de modismos.
A mulher submissa, que topa qualquer parada, passa a ideia de que é desejada e inspira as inseguras ou insatisfeitas a seguirem pelo mesmo caminho.
Às grosseiras atribui-se a marca de duronas, como se isso fosse sinônimo de liderança e competência.
Que postura ultrapassada!
Esse mito já se desfez até entre os homens, a liderança moderna implica em contribuir na valorização e promoção de toda a equipe, reconhecer a importância de cada um.
Quem precisa destruir a imagem alheia para comandar não é líder, é tirano, seja homem ou mulher.
Nós, mulheres, não podemos ficar à deriva, seguindo a onda dos outros, sabe-se lá com que intenções.
Precisamos fazer uma reflexão profunda sobre o que queremos, não nos limitando a acompanhar as influências externas, a não ser para servir como referência.
Não creio que o ideal seja apenas parecer bela ou triunfar com a postura de megera, com todo o respeito, pois essas estão mais de acordo com os interesses masculinos do que com os nossos.
Texto publicado no blog das "Meninas Super Poderosas"
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