Por: Valéria de Oliveira
“Isso cheira a negociata e deve ser barrado”, disse o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), ao comentar o aporte de quase R$ 4,5 bilhões do BNDES na fusão do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour.
Para ele, o banco está sendo usado indevidamente “para criar grandes trustes nacionais, inclusive para fazer investimento no exterior”.
A instituição, diz Freire, toma dinheiro no mercado a altas taxas de juros e empresta a baixo custo.
“Quem paga a diferença é todo o povo brasileiro”.
As negociações privadas envolvendo o BNDES, diz Freire, não são novas.
Vêm desde o governo Lula.
O BNDES, insiste o deputado, “não foi criado para isso e muito menos um governo que se pretende progressista e de esquerda pode atuar para financiar a criação de conglomerados econômicos de alguns eleitos”.
A operação de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour com dinheiro do banco deve ser detida, defende Roberto Freire.
“A concentração vai diminuir a concorrência, e o povo perde concorrência e empregos; o que o BNDES está fazendo no meio disso se ele trabalha com o dinheiro do povo trabalhador?”, questiona Freire.
A instituição, ressalta, foi criada para financiar investimentos produtivos da economia brasileira “e não para patrocinar fusão de grupos que atuam meramente no varejo ou no consumo”.
(...)
Freire atacou ainda o discurso nacionalista usado pelo governo para justificar o negócio.
“É um discurso antigo, de quando falávamos de burguesia nacional, do tempo do mundo da bipolaridade, da guerra fria; esse discurso no mundo da globalização chega a ser ridículo”.
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