sexta-feira, 10 de junho de 2011

A glória de César e o punhal de Brutus

Por Sandro Vaia

Os Proletários Armados para o Comunismo, mais Tarso Genro, mais Eduardo Suplicy, mais Lula e um grande séquito de simpatizantes das utopias regressivas estão em festa.

Césare Battisti está livre, pode flanar tranqüilo pelas ruas do País, e se facilitar ainda recebe uma generosa pensão do Estado brasileiro por ter ficado preso na Papuda.

A justiça italiana foi julgada pela justiça brasileira e considerada inepta.
A democracia italiana foi julgada pela democracia brasileira e considerada incompetente.

A decisão do STF de conceder liberdade a Battisti, em acatamento à decisão do então presidente da República, que lhe concedeu asilo no apagar das luzes de sua épica gestão, só não foi o espetáculo mais patético da semana porque um dia antes houve a despedida de Palocci no Planalto.

Foram duas óperas bufas, muito embora a despedida de Palocci tivesse sido enobrecida por um fundo de clássica inspiração shakespereana.
Ao se despedir da presidente Dilma, com um belo punhal cravado nas costas, Palocci poderia ter dito a ela e aos companheiros que o cercavam e principalmente à senadora nomeada para substitui-lo:
“Até tu, Brutus? “.

(continua)
No blog do Noblat

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