quarta-feira, 8 de junho de 2011

José Serra está certo: “Vai uma crise, vem outra”

Serra diz vislumbrar nova crise no governo Dilma
Tucano diz que saída de Palocci deixa aberta função de "primeiro-ministro", que descreve como necessária no atual governo
IG

O candidato derrotado à Presidência José Serra (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que a presidenta Dilma Rousseff precisa de um "primeiro-ministro", ao comentar nesta quarta-feira a demissão do ex-ministro Antonio Palocci, que deixou a Casa Civil diante do agravamento da crise em torno de sua evolução patrimonial.

No post intitulado “Vai uma crise, vem outra” em seu site na internet, Serra fez duras críticas ao modelo escolhido por Dilma para substituir o auxiliar.
A presidenta optou pela senadora novata Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi incumbida de exercer uma tarefa de "gestão e acompanhamento de projetos".

As declarações de Serra ocorrem no mesmo dia em que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com quem disputa internamente influência dentro da legenda, afirmou que a saída de Palocci estanca a crise política no governo.

Em tom mais duro, Serra disse que a saída de Palocci é um problema político e que será sucedido por outro de “bom tamanho”.

"A saída do ministro Antonio Palocci resolveu, sem dúvida, um problema político imediato para a presidente Dilma Roussef, que será sucedido por outro de bom tamanho. Vai-se uma crise, chega outra", escreveu Serra.

Segundo o tucano, Palocci era um "personagem forte de um governo hesitante e fraco do ponto de vista político e administrativo", exercendo assim o papel de "primeiro-ministro".

Referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “tutor virtual” de Dilma, o tucano mencionou a confiança que Lula tinha em Palocci e acrescentou que o ex-presidente é o “potencial causador de enxaqueca política até 2014”.

Mais tarde, no microblog Twitter, Serra empenhou-se em esclarecer que as afirmações não significam uma defesa a Palocci.

"Não ataquei nem defendi o Palocci.
Apenas mostrei as consequências de sua saída: a crise continua.
O governo é fraco, hesitante"
, completou Serra.

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