Por Demóstenes Torres
Grande parte dos jovens que estão ingressando agora na universidade perdeu no fim de semana o responsável por essa conquista, Paulo Renato Souza.
Como ministro da Educação nos mandatos de Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato foi eficiente nas duas pontas, ao cuidar das crianças que começam a busca pelo conhecimento e ampliar as vagas no terceiro grau para quem atravessa o funil – alargado por ele.
Assim, o Brasil agradece a esse grande benfeitor da humanidade, que um dia será reconhecido inclusive nos livros escolares.
Ele próprio, avesso ao pavoneamento, seria contra.
Jamais estamparia no material dos alunos qualquer louvação a governo ou seus integrantes, muito menos o festival de aberrações ora imposto.
O que se viu, após sua saída, foi a instrumentalização do ministério a ponto de as obras distribuídas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação bajularem o presidente da República e exibirem cartazes de seus feitos.
Paulo Renato dedicou-se à entrada da criança na escola, oferecendo oportunidade para nenhuma ficar fora da sala de aula, e à qualidade do que ela receberia durante os estudos.
Era do que mais se orgulhava, de apresentar a chance a todo pai de ter uma carteira escolar à disposição do filho.
Para acabar com a antiga política segundo a qual “o governo finge que paga, alguns fingem que ensinam e o aluno finge que aprende”, criou os mecanismos de aferição.
Os exames de desempenho confeririam o que o estudante aprendeu, não sua capacidade de organizar passeatas e registrar ONGs.
(...)
É merecedor de todas as homenagens e a maior delas colheu em vida a cada criança que punha o pé na escola pela primeira vez, a cada cerimônia de colação de grau, a cada pesquisador que abria um flanco.
Muito obrigado, Paulo Renato, por tornar o Brasil melhor e mais inteligente. Deixa um país saudoso e que, a cada matrícula, se mostra grato.
Íntegra AQUI.
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