domingo, 19 de junho de 2011

Negócios da China, para inglês ver

Elio Gaspari, O Globo

Durante a viagem de Dilma Rousseff à China a marquetagem do governo anunciou dois êxitos:

1) O governo de Pequim concordara em tirar a fábrica da Embraer de Harbin da geladeira, abrindo-lhe o mercado para a fabricação de jatos executivos Legacy.
(O mercado de jatinhos chinês, deprimido pelo governo, é menor do que o paranaense, mas deixa pra lá.)

A comitiva brasileira voltou para o Brasil no dia 17 de abril.
A fábrica da Embraer parou no dia 26.
O repórter Fabiano Maisonnave mostrou que seus operários, sem o que fazer, jogam peteca na linha de montagem.

2) A empresa Foxconn montaria iPads no Brasil e, além disso, faria um investimento de US$ 12 bilhões em cinco anos, gerando 100 mil empregos.

O governo acabou com a maluquice que negava às tabuletas os benefícios dados aos computadores e as maquininhas da Apple começarão a ser produzidas em setembro, em Jundiaí.

Até agora não se conhece o plano de investimentos do US$ 12 bilhões da Foxconn.
Sabe-se apenas que o velho e bom BNDES será chamado para botar algum no negócio.

Pelo jeito, a única coisa que a doutora trouxe da China foi uma gripe.

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