Obras em rodovias não saem do papel
Renée Pereira, de O Estado de S.Paulo
As grandes obras previstas nos contratos de concessão das sete rodovias federais, leiloadas em outubro de 2007 pelo governo Lula, continuam no papel.
Levantamento feito pelo ‘Estado’, com base nos editais de licitação e nos investimentos informados pelas concessionárias, mostra que só 55% do valor definido para os três primeiros anos de concessão foram aplicados nas estradas: R$ 2,05 bilhões dos R$ 3,6 bilhões determinados.
Os atrasos envolvem obras nas rodovias administradas pelas espanholas OHL e Acciona e a brasileira BRVias, do empresário Antonio Beldi e da família Constantino, dona da Gol.
Pelas regras do edital, as vencedoras se comprometiam a investir cerca de R$ 5 bilhões nos primeiros cinco anos de concessão.
Os investimentos incluíam os trabalhos iniciais (preparar a rodovia com pavimentação e sinalização para iniciar a cobrança do pedágio), obras de melhoria e ampliações, edificações e equipamentos.
Mas os planos ficaram no meio do caminho e os cronogramas foram alterados, afetando diretamente a vida da população que depende das rodovias.
Projetos que deveriam ser entregues no ano que vem, por exemplo, foram prorrogados para 2015.
Outros ainda nem têm previsão de início ou término das obras.
Um dos casos mais emblemáticos é a duplicação da Serra do Cafezal, na Régis Bittencourt, em São Paulo, que deve ficar pronta em 2015.
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