Dirigente do PSB leva R$ 280 mil ao deixar cargo
Leandro Colon - O Estado de S.Paulo
O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, recebeu pelo menos R$ 280 mil dos cofres públicos ao sair em março da diretoria-geral da Alcântara Cyclone Space (ACS), uma sociedade dos governos do Brasil e da Ucrânia para gerir o principal programa espacial brasileiro, que passa por grave crise financeira.
Amaral recebeu esse dinheiro porque conseguiu ser oficialmente "demitido" do cargo.
Em entrevista gravada ao Estado, o dirigente do PSB afirmou que foi ele quem decidiu sair da direção da ACS, ainda durante as eleições 2010.
"Eu quis. Pedi e acertei com a presidente Dilma antes do processo eleitoral", afirmou.
Ele contou, porém, que negociou com o governo federal para ser demitido.
"Eu pedi para ser demitido, todo mundo faz isso.
Não posso ser crucificado por isso", afirmou.
No mesmo dia da demissão, Amaral foi nomeado para integrar os conselhos da Itaipu Binacional e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujos salários somam cerca de R$ 25 mil.
A chefe de gabinete de Amaral na ACS, Patricia Patriota, filha do deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), também conseguiu ser demitida e recebeu cerca de R$ 55 mil.
A ACS, vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, está paralisada.
Criada em 2007, já recebeu R$ 218 milhões do governo brasileiro e R$ 98 milhões da Ucrânia num projeto orçado em R$ 1 bilhão.
Em duas entrevistas ao Estado na quinta-feira, Amaral entrou em contradição e acabou contando que a demissão foi um acerto com o governo.
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