sexta-feira, 22 de julho de 2011
"Copa da Vergonha" ou "A Vergonha da Copa"
A polêmica do momento é o uso de verba pública para a construção de um estádio para um determinado time de futebol, que será pago pelo contribuinte, sejam torcedores ou não.
O foco das críticas, porém, está sendo direcionado aos que mais têm sofrido pressão para que esse absurdo se concretize, enquanto o verdadeiro PAI do Itaquerão, que será tema da escola de samba Gaviões, está saindo impune do bombardeio.
O cidadão está consciente de que há necessidades mais importantes para serem atendidas com o dinheiro de nossos impostos, mas deve-se levar em conta o terrorismo que os responsáveis pela Copa no Brasil, principalmente o ex-presidente, poderiam provocar se São Paulo fosse excluída do evento.
No caso da capital paulista, o vereador Gilberto Natalini negociou com o prefeito a inclusão de um parágrafo afirmando que os incentivos fiscais ficam condicionados à realização efetiva do evento e jogo de abertura da Copa.
“Condicionamos isso para que ninguém dê uma rasteira em São Paulo.
A isenção só vai começar a valer em 2014, logo, se em outubro a Fifa não confirmar a abertura aqui, o benefício não vale”, destacou Natalini.
“Não vamos financiar o estádio, mas a presença da Copa em São Paulo”.
Confiram a matéria AQUI.
Para refrescar a memória, principalmente de quem está embarcando na onda de atirar no alvo errado, nada mais justo do que resgatar algumas informações desde o início do processo.
Destaco reportagem de Diego Zanchetta em O Estado de S.Paulo.
Vejam alguns trechos:
O vereador Aurélio Miguel (PR) pediu nesta terça-feira, 21, vistas do projeto que concede incentivos fiscais para a construção do Itaquerão, um dos estádios previstos para receber os jogos da Copa de 2014.
Com isso, pode ser que votação seja adiada e não ocorra na manhã da quarta-feira, como gostariam Lula e o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.
Os vereadores de São Paulo recebem pressão de todas as partes para aprovar o projeto que prevê incentivos fiscais do município para a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera (zona leste).
Nesta terça-feira, até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou para integrantes da bancada do PT cobrando a aprovação.
Durante a manhã, o presidente corintiano Andrés Sanchez esteve no Palácio Anchieta, sede da Câmara Municipal, e percorreu os gabinetes dos vereadores pedindo apoio.
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A Odebrecht iniciou as obras sem contrato e sem projeto aprovado, atropelando autoridades estaduais e municipais.
Manter-se firme contra essas irregularidades e contra a quebra de promessa do governo federal de que tudo seria bancado pela iniciativa privada pode agradar alguns, mas o risco de conflito com a maioria da população que está empolgada com o oba-oba seria inevitável.
Para quem ainda não alcançou a dimensão do problema e realmente esqueceu como tudo isso começou, reveja esse episódio.
Distraído, Ronaldo revela lobby do presidente Lula em favor do Corinthians
Em entrevista ao programa “Bem Amigos”, o jogador Ronaldo soltou que o presidente Lula têm indicado empreiteiras para ajudar o Corinthians a construir seu centro de treinamento.
“Lula está dando alguns contatos de empreiteiras que podem nos ajudar, não é financeiramente.
O presidente está sabendo de tudo e indica as empresas que podem nos ajudar”, disse inocentemente.
Ronaldo, com certeza, pensou que a declaração poderia mostrar agradecimento, mas acabou comprometendo o presidente que é, em suas palavras, “corintiano roxo”.
Ajudar financeiramente, para quem tem a máquina administrativa na mão, não é depositar um cheque na conta do Corinthians.
Quando um chefe do Executivo, principalmente do Executivo Nacional, pede um favor a uma empreiteira, ou deixa usar seu nome em uma indicação, é cobrada uma fatura muito alta.
Quem pagará a fatura pelo afago do presidente a seu time do coração?
Sem querer Ronaldo mostrou como funciona o subterrâneo da relação da máquina pública com as empreiteiras.
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A triste pergunta nos leva a ponderar o quanto o povo brasileiro só vive de momentos e não da realidades. Tudo que se faz é momentâneo e sem pensar nas consequências COPA DA VERGONHA OU SEM VERGONHA,será teremos ambas as motes, assunto para as duas bandas comentarem, sem mudanças de propósito, SEM EDUCAÇÃO caducamos nos métodos e afundamos nos despropósitos.
ResponderExcluirOs atuais governantes e seus aliados confundem Educação com doutrina, estão fazendo do ensino público um instrumento de louvação aos seus líderes e destruição da imagem e da honra de seus opositores. Nem religião gera tanto fanatismo.
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