A facilidade para o endividamento fez com que o brasileiro não percebesse o aumento do custo de vida nos últimos anos, muito menos o risco de ser envolvido na tentação do consumo irresponsável que está deixando muitas famílias no fundo do poço.
Economistas sérios e alguns senadores preocupados com essa armadilha, especialmente Álvaro Dias, Mário Couto e o ex-senador Mão Santa, do Piauí, têm alertado sobre essa situação desde o início do processo.
Muitos que agora criticam são cúmplices porque apoiam o governo, como também apoiaram seus candidatos na campanha eleitoral, mesmo sabendo que esse é o plano econômico do PT, e sempre enalteceram os resultados alardeados como a fórmula mágica para o crescimento do país.
Por enquanto, a contradição entre a fala e a ação não tem sido notada, vale o ditado "Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço" e fica por isso mesmo.
Resta a esperança de que personalidades brilhantes, como o Senador Cristóvam, posicionem-se perante a sociedade de acordo com seus discursos, ainda há tempo para se redimirem.
Cristovam aponta endividamento da população:
‘economia brasileira está bem, mas vai mal’
Por Agencia Senado
No Correio do Brasil
Em pronunciamento nesta segunda-feira (11), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que, “apesar de estar bem, a economia brasileira vai mal”.
Para ele, apesar de alguns índices positivos que têm sido divulgados, o Brasil enfrenta o problema do endividamento da população, que é “dramático” e pode gerar conseqüências graves no futuro.
Segundo o senador, 64% das famílias brasileiras têm algum tipo de dívida e a maior parte delas está ligada ao consumo, o que torna o problema mais grave.
Cristovam alertou para o fato de que as vendas geradas pelo endividamento geram efeitos positivos no presente, mas o dinheiro que será retirado dos salários para pagar os juros faltará no futuro.
- E aí o aumento da dívida, que, neste momento, serviu para dinamizar a economia, no futuro, vai impedir o crescimento da economia, a não ser que a gente consiga que o Produto Interno Bruto e a renda total cresçam tanto que fique pequena a taxa da dívida em função do produto.
Segundo o senador, a soma total de empréstimos é de R$ 1,8 trilhão, valor que vem crescendo 1,6% ao mês e 20,4% ao ano.
A taxa, segundo ele, é quatro vezes superior à do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Cristovam acredita que essa diferença gera uma bolha, que pode ser “esvaziada” com antecedência ou estourar, como ocorreu nos Estados Unidos, coma bolha imobiliária, e na Grécia, com a bolha da dívida pública.
- Nós não estamos livres disso e os jornais dessa última semana nos Estados Unidos, na Inglaterra e em outros países estão alertando que o Brasil tem uma bolha.
Não sabem é se vai desarmar esvaziando ou se vai explodir – alertou o senador, que lembrou da crise no câmbio ocorrida em janeiro de 1999 no Brasil.
Cristovam afirmou que o endividamento merece um estudo detalhado e informou ter apresentado requerimento para a realização de audiência pública sobre o tema na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
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