O Globo
Os pequenos investidores estão batendo em retirada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) este ano, movidos pelas perdas acumuladas com as ações, de 8,53% pelo Ibovespa, índice de referência do mercado brasileiro, e atraídos por ganhos cada vez maiores nas aplicações de renda fixa.
Segundo dados da BM&FBovespa, o saldo líquido de pessoas físicas (diferença entre compras e vendas de ações) está negativo em R$ 3,7 bilhões este ano até a última terça-feira.
Somente em junho as vendas superaram as compras de papéis em R$ 1 bilhão.
Além disso, nas corretoras, foram fechadas quatro mil contas este ano, ou seja, investidores que desistiram completamente do mercado.
O volume no ano é 170% maior que o resultado negativo dos investidores estrangeiros, de R$ 1,3 bilhão, informa reportagem de Bruno Villas Bôas.
Os dados são tão ruins que a BM&FBovespa reviu e vai divulgar em breve um novo prazo para atingir sua meta de atrair cinco milhões de pessoas físicas para a Bolsa, número trabalhado com muito simbolismo desde o ano passado.
O prazo atual para isso ocorrer é 2014.
Segundo analistas, o mau momento do mercado está relacionado principalmente aos problemas da dívida da Grécia.
Mas lembram que o forte tombo das ações preferenciais (PN, sem voto) de Petrobras e Vale, xodós dos pequenos investidores, tiveram um papel importante nos resultados.
Os papéis recuam 11,33% e 1,97% este ano, respectivamente.
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