terça-feira, 23 de agosto de 2011

Por qual Brasil você morreria?

Acompanhamos o noticiário internacional com a tranquilidade de quem imagina a violência da guerra como um problema alheio e que jamais terá qualquer consequência em nossas vidas.
Precisamos entender, porém, que estamos vivendo num mundo praticamente sem limites, por isso é prudente considerar os conflitos localizados, mesmo distantes, numa dimensão universal.
A diplomacia brasileira sempre ofereceu condições que garantiam essa tranquilidade ao povo brasileiro, até a chegada do PT ao poder.
A tradição diplomática tem sido atropelada com o governo tomando partido de regimes ditatoriais e se envolvendo em campanhas eleitorais de países estrangeiros.
O meu questionamento é o seguinte, se houver um acirramento que venha a exigir um posicionamento mais firme, pior ainda, se a interferência brasileira nos levar a um combate contra as forças que massacram seu povo para manter o poder, de que lado o governo brasileiro colocaria nossos jovens, incluo meus filhos, que provavelmente seriam convocados?
Mandaria defender o povo ou os tiranos?

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Cientistas políticos criticam apoio do Itamaraty à Síria

No blog do Claudio Humberto

Especialistas consultados pela coluna criticam o apoio dado pelo Itamaraty ao governo do presidente sírio Bashar al Assad, enquanto dezenas de países e a ONU já condenaram seu massacre oficial, com mais de duas mil mortes - entre elas mulheres e crianças - em prol "da ordem" na Síria.

O governo brasileiro prega uma frente em defesa dos direitos humanos, mas não pede a saída do ditador sírio.

Apesar de condenar "todas as formas de violência", seja do governo ou da oposição, a iniciativa do Brasil é contrária a dos EUA e de países europeus, que exigem a saída do ditador.

“É um princípio que vale pra todos, então, ele [o Brasil] condena essa atitude lastimável e pede que a Síria adote uma postura”, disse Rafael Duarte, professor do curso de Relações Internacionais da UDF.

“A posição mais adequada seria conclamar a ONU a tomar uma atitude”, completou.

O Brasil adota esta postura porque acredita que declarar a saída de Assad constitui “intervenção” indevida no processo político local, segundo o cientista político da UnB, David Fleischer: “o Brasil não quer seguir a ‘liderança’ dos países dominantes, e quer manter uma certa independência e autonomia em relação aos países do Oriente Médio.
Porém, esta posição vai acabar sendo muito prejudicial para a aspiração do Brasil de conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU”.
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Lula lá

Para quem chamou Muammar Kadhafi de “meu amigo, meu mestre, meu líder”, o ex-presidente Lula já deveria ter feito declaração solidária ao tirano.
Ou se unido a ele, armas em punho, contra o levante popular.

Boca maldita

Lula também se calou quando o jornalista Andrei Neto, do jornal O Estado de S. Paulo, ficou oito dias preso na Líbia em março, capturado pelo exército do ditador.

Bumbum de fora

O Ministério das Relações Exteriores continua subserviente ao aspone para assuntos internacionais aleatórios, Marco Aurélio Top-Top Brasil: no final da tarde de ontem, ainda hesitava apoiar os rebeldes na Líbia.

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