Um livro eletrônico: “A Corrupção de Sarney a Lula”
Está disponível em três formatos na Internet o livro eletrônico “A Corrupção de Sarney a Lula”, escrito por Eduardo Graeff.
Abaixo, trechos do livro e um dos endereços em que pode ser lido na íntegra.
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Recentemente, fui surpreendido por um convite para ir à Índia falar da experiência
do Brasil sobre corrupção.
O assunto lá também é sério e ultimamente anda fervendo no Parlamento, na mídia e na rua.
(Sim, na rua. A oposição indiana pode ser pacífica, geralmente, mas não passiva.)
(...)
Nem todos os filiados e simpatizantes do PT deram-se por satisfeitos com os
desmentidos oficiais dos escândalos do governo Lula.
O depoimento de Paulo de Tarso Venceslau à CPI do “mensalão” pôs em xeque essa visão mais sóbria.
Petista histórico, ex-secretário municipal de Finanças de Campinas e São José dos
Campos, Venceslau repetiu para a CPI o relato que já fizera a vários meios de
comunicação, sobre os métodos de arrecadação de fundos usados por Lula e seu
círculo íntimo de velhos companheiros sindicalistas.
Segundo ele, no começo da década de 1990, varias prefeituras paulistas controladas pelo PT contrataram sem licitação serviços de assessoria tributária de uma empresa denominada Consultoria para Empresas e Municípios – CEPEM.
Parte do dinheiro pago pelas prefeituras a essa empresa seria repassado a Paulo Okamoto, então secretário de finanças do PT,...
O dinheiro desviado desse modo teria financiado, entre outras coisas, a Caravana da Cidadania, que preparou a candidatura presidencial de Lula em 1994.
O intermediário entre a CEPEM e as prefeituras petistas era Roberto Teixeira, amigo e
compadre de Lula, dono da casa onde o então presidente do PT morava de favor em
São Bernardo.
Venceslau detalhou esse esquema numa carta dirigida a Lula e copiada para outros
dirigentes do PT em 1995.
Esperou dois anos por providências.
Resolveu a vir a público em 1997, numa entrevista a um jornal, quando se convenceu que Lula impedia a apuração interna dos fatos.
(…)
O modo de operar [dos petistas] continua o mesmo.
O que mudou com a conquista da Presidência da República foi a escala de operação.
Antes o PT poderia ter acesso indireto e eventual a recursos federais por meio dos fundos de pensão em cuja diretoria tinham assento sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores.
A partir de 2003, os operadores do partido ganharam acesso direto e permanente ao orçamento da União e, principalmente, aos cofres dos bancos e empresas estatais, com as imensas oportunidades de manipulação política e enriquecimento pessoal daí decorrentes.
Para muitos desses operadores, poder e dinheiro parecem ter se tornado objetivos suficientes por si mesmo.
Socialismo?
Virou um rótulo esmaecido, que não assusta mais os amigos e clientes empresários nem banqueiros.
- AQUI em PDF para ler e imprimir.
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