quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Demitidos de lula e dilma continuam comandando o país


O brilhante texto postado pelo Senador Demóstenes Torres, no blog do Noblat, confirma o que muitos comentam, que a farsa da faxina corresponde à mentira que se produziu pela equipe de marqueteiros do ex-presidente na época do mensalão.
Tanto o chefe quanto autoridades e militantes petistas foram doutrinados a repetir o mantra de que tudo estava sendo investigado e que o governo estava "cortando na carne".

A marquetagem reproduz a mesma ideia, porém com uma abordagem extremamente machista.
Só faltou ter afirmado na campanha que o governo anterior teria sido um sucesso porque por trás do grande presidente havia uma grande mulher, e foi mais ou menos isso, em outras palavras, o que se vendeu o tempo todo.

Portanto, a responsabilidade do governo ter passado oito anos com corruptos nos Ministérios, sob o comando da Chefe da Casa Civil, agora presidente da República, não pode ser ignorada neste momento em que surgem, tardiamente, tantas denúncias.

Mais, após oito anos do início dos esquemas sujos, ninguém foi punido, as investigações são peças de ficção e os acusados continuam soltos, ricos e mais poderosos do que nunca.
Confiram:

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PROLE DO MENSALÃO DÁ AS CARTAS

O escândalo do mensalão legou ao Brasil uma prole cevada na pilhagem.
Cristalizou-se a certeza de que o crime compensa.
E, se o desfalcado foi o Erário, compensa muito mais.

Todos continuam ricos e soltos.
Quem perdeu o mandato já está à margem da liberdade para nova eleição.
A papelada em poder do Supremo Tribunal Federal não assusta a pessoas desse jaez, useiras em ser acossadas à luz da lei.


O mensalão, portanto, é o pai da série de escândalos no governo da mãe do PAC.

À época dos episódios que redundaram na CPI dos Correios, Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia.
O resultado de seu trabalho na área é outro aumentativo, o apagão.

Suas digitais ficaram fora do pagamento de mesada a parlamentares, mas foi um presente e tanto para Dilma.
O vácuo político surgido com a saída de José Dirceu gerou a proximidade dela com Lula e, em consequência, o comando do primeiro escalão.

Daí para a candidatura foi um pulo no escuro.
Em resumo, o mensalão é pai também da mãe do PAC, que aproveitou o método, beneficiou-se dele e vê os valores sendo inflacionados.

Com Dilma mandando, coincidentemente, ocorreu um rito de passagem, dos batedores de carteira para os que carregam o cofre.

Foi-se o tempo dos trocados (a filmagem pioneira mostrava um servidor dos Correios recebendo R$ 3 mil), começou a era do bilhão (soma das malfeitorias nos Transportes e suas siglas).

Fim dos disfarces: para que ir a agência bancária receber cinquentinha se pode montar um escritório no andar de licitação do ministério?
É outra filha do mensalão, a impunidade, aparecendo com uma neta, a tese do “foi o outro”.

Surge o porém de ser impossível fugir da responsabilidade.

Os casos que explodem com Dilma presidente foram gestados com Dilma ministra.

Se hoje está à frente de tudo, antes estava por trás de cada ação, como se vangloriava junto com o criador.

Sua gestão na Casa Civil deu-lhe a Presidência, sua administração na Presidência só podia dar em manchetes ruins.
Ao lê-las, sequer as confronta, por sabê-las irrefutáveis: demite uns antes de a revista chegar aos leitores.

Quer a imagem de caçadora de corruptos, mesmo que a mão de exonerar seja a mesma que nomeou.

Com partidos mais poderosos contemporiza.

Ao contrário do que desejam os estrategistas do Planalto, mais inflacionada que o volume dos desvios é a exigência da população.
Havia a ilusão de o público se contentar com a queda do número 2 da pasta, do chefe da empresa, enfim, de um semidesconhecido.

A fila andou.
Para derrubar ministro, a presidente usa o critério Lula.
Capitão da Casa Civil é subjugado pelos fatos?
Proteja-o enquanto puder e promova saída festiva, com discursos melosos.

Eis o sistema Dilma: falou a verdade sobre colegas, é demitido; passou vergonha em todos pela quantidade de suspeitas, pede demissão.
A outros poupa, de acordo com suas conveniências.

A vontade é manter distância para a lama que os nocivos exalam, não enodoar-lhe as vestes.
A artimanha, de sucesso com Lula, se esgotou.

Junto com a integridade da própria pele, a presidente tem de salvar a verba pública, pois os que desviam esta não se importarão em arrancar aquela.
Estão pouco ligando para execração, desde que não tenham de devolver dinheiro, pois contam com o esquecimento.

Paulo Okamotto, um dos 40 filhos da lista original do mensalão, ficou tão à vontade em escapar que já foi escalado por Lula para pegar R$ 10 milhões com empresários.

Mas o tempo que premiou o chefe dele habita o passado.
A sucessora nem precisa contar com tamanha facilidade, até porque mais uma crise bate-lhe à porta, fala inglês e derruba mercados.

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