No Coturno
A nota oficial de Dilma Rousseff, sobre a queda de Wagner Rossi do Ministério da Agricultura é uma cabal demonstração de que a faxina não é sincera.
Fica claro que quem está varrendo a sujeira não é ela, mas sim a Imprensa.
A mesma Imprensa que Rossi atacou nominalmente ao sair.
A mesma Imprensa que Dilma atacou nas entrelinhas da sua declaração presidencial.
Leia abaixo.
Lamento profundamente a saída do ministro Wagner Rossi, que deu importante contribuição ao governo com projetos de qualidade que fortaleceram a agropecuária brasileira.
Agradeço seu empenho, seu trabalho e a sua dedicação.
Lamento ainda que o Ministro não tenha contado com o princípio da presunção de inocência diante de denúncias contra ele desferidas.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil
Três pontos a destacar.
Não há nada a "lamentar profundamente", pois a demissão foi uma confissão de culpa.
Foi o ministro demissionário que abriu mão da "presunção de inocência", optando por pedir demissão, com medo que as investigações avançassem sobre o enriquecimento familiar.
O termo "desferidas" tenta transformar o ministro em vítima.
Não é.
Ele é o vilão da história.
Não havia a mínima necessidade desta tentativa de limpeza da imagem do ministro acusado, por parte da presidente.
Apenas reforça que a tal faxina é apenas uma meia sola.
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