Por: Diógenes Botelho
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, afirmou nesta segunda-feira que o PPS não vai abrir mão de acionar quantas vezes for preciso o Ministério Público, além de pedir a convocação de ministros para audiências no Congresso, com objetivo de apurar a série de denúncias de corrupção envolvendo integrantes do governo Dilma.
O simples afastamento de servidores de cargos não é, na avaliação de Freire, suficiente.
“Não adianta dona Dilma dizer que é faxineira, pois de vassoura temos uma péssima lembrança”, afirma o presidente do PPS, citando a campanha e o governo de Jânio Quadros na década de 60.
O deputado lembrou ainda que se Dilma adotar essa prática “vai acabar varrendo Lula”.
“Não podemos esquecer que ela fez parte do governo passado e herdou de Lula muitos ministros, agora envolvidos em denúncias”.
Freire afirma que não é mais admissível que a República brasileira trema todo o final de semana a espera de um novo caso de corrupção.
“Isso é um descalabro, estamos vivendo o despautério da corrupção com centrais de propina espalhadas em vários órgãos do governo.
Chegamos ao ponto de um lobista montar seu escritório dentro de um ministério (da Agricultura).
Isso é a Casa da ‘Mãe Joana da Propina’”, criticou o presidente do PPS.
Para o deputado, está mais do que claro de que o governo “é o responsável pela roubalheira que está aí”.
“Eles podem até querer blindar (os ministros), mas nós do PPS vamos cumprir o nosso papel e exigir investigação”, disse Freire que, apesar de considerar difícil a aprovação de uma CPI da Corrupção, avalia que o instrumento seria necessário neste momento.
Representação no MPF
Nesta segunda-feira, o partido ingressou com representação no Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal pedindo a abertura de inquérito (saiba mais) para apurar um esquema de pagamento de propina e favorecimento em licitações envolvendo o lobista Júlio Froés, o ex-secretário executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, e funcionários da pasta.
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