terça-feira, 30 de agosto de 2011
A pior miséria no Brasil é a mentalidade submissa
Acompanhando o caminho marcado nos Estados Unidos por Warren Buffett, o mais bem sucedido investidor no mundo, bilionários franceses pedem aumento de impostos ao governo.
"Enquanto os pobres e a classe média lutam para chegar ao fim do mês, nós, os mega-ricos, continuamos nos beneficiando com isenções fiscais extraordinárias", diz Buffett.
O exemplo está sendo seguido, também, por alemães e italianos, com a intençao de contribuírem com uma saída da crise vivida em seus países.
Entre eles figuram o presidente da L'Oréal e sua máxima acionista, os donos da companhia petrolífera Total, o grupo hoteleiro Accor, a rede de alimentação Danone, o banco Société Générale, o operador de comunicações Orange, a companhia aérea Air France-KLM e a empresa do setor automobilístico PSA Peugeot-Citröen.
Infelizmente, nem todos manifestam essa grandeza, o magnata das comunicações e chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, se opõe a qualquer aumento de impostos e ainda menos a um imposto ao patrimônio, que o afetaria pessoalmente.
Enquanto isso, no Brasil, Empresários elogiam decisão do governo de mirar um superávit primário de R$ 90,8 bilhões.
Os bilionários brasileiros aplaudem as medidas do governo, que garantem à elite empresarial subsídios e isenções fiscais e ao mercado, reservou R$ 10 bi para pagamento dos juros da dívida pública.
Benefícios aos ricos e nenhum sinal de indignação com a contenção de gastos que sacrifica a população mais pobre.
Na reunião do Conselho Político da coalizão, que reúne presidentes e líderes congressistas dos partidos aliados, a presidenta pediu ao Congresso Nacional "contribuições" para enfrentar a crise.
A presidente Dilma Rousseff fez um apelo para não aprovarem propostas que aumentem os gastos, citando a emenda 29, que regulamenta os gastos com saúde nos três níveis de governo.
Dilma também explicou aos aliados que o governo é contra a aprovação de outra proposta de emenda constitucional, a PEC 300, que cria um piso salarial aos agentes de segurança em todo país.
Nesse caso, os reajustes seriam subsidiados pelo governo federal por anos até serem incorporados pelos governos estaduais.
Estelionato eleitoral, como afirma o jornalista Reinaldo Azevedo, pois entre as promessas solenes da Dilma candidata estavam a não-recriação da CPMF — negação textual e peremptória — e a aprovação da Emenda 29 e da PEC 300.
“Eu assumo o compromisso de lutar pela Emenda Constitucional 29.
Sobretudo considerando os princípios de universalização, eqüidade e melhoria da qualidade da saúde (…)
Quando eu assumi o compromisso com a regulamentação da Emenda 29, o que tem por trás do meu compromisso é a certeza que nós entramos numa nova era de prosperidade; que esse país vai crescer, sim; vai arrecadar mais, que nós podemos, priorizando a saúde, ter recursos suficientes pra assegurar que haja saúde de melhor qualidade.
A participação da União é fundamental”.
(Dilma Rousseff, então candidata do PT à Presidência da República, discursando na XIII Marcha dos Prefeitos, no dia 18 de maio de 2010.)
Agora Dilma mobiliza a sua base CONTRA projetos que beneficiriam a população, especialmente a parcela mais humilde que utiliza os serviços públicos de saúde.
Entender a mentalidade limitada do brasileiro não é difícil, a questão é entender até quando seremos reféns do medo.
O silêncio cede espaço a um Brasil pautado pelo discurso incoerente com a realidade.
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Que coisa, esse blogs anti-governo são todos iguais. Publicam os mesmos textos. Vocês não têm pensamento próprio, é tudo igual ao que o chefe manda.
ResponderExcluirEste texto é muito ruim. Chamar empréstimos para empresários de bolsa é um absurdo. Sem empréstimo não existe crescimento sem financiamento, e são as empresas brasileiras que dão emprego aos brasileiros. E o papel deste desenvolvimento é do BNDES, o nosso banco de investimento. Todos os países beneficiam suas indústrias e seu mercado interno com isenções fiscais, mas se fosse por vocês, importávamos tudo da China.
Nós já importamos TUDO da China.
ResponderExcluirNão produzimos um alfinete aqui.
Nossa indústria só monta,as peças vem de fora.
FRACASSO!!!
Que chefe?
ResponderExcluirQuem tem chefe, ops, DONO, são os capachos do PT.
Eu não sou contra isenção fiscal, brasileiro já paga imposto demais, por isso sou contra a criação de novo imposto que vai penalizar o consumidor.
ResponderExcluirMas quebrar TODAS as promessas de campanha é imperdoável, principalmente qdo pretende tirar dos mais pobres enquanto favorece a grande indústria.