Como confiar num Tribunal de Contas montado desse jeito?
Por Ricardo Setti
Vai-e-volta: Dilma convence o senador João Durval a não votar na CPI dos Transportes, oferecendo apoio ao filho, o Deputado Sérgio Carneiro, em detrimento da deputada Anna Arraes
Amigos, o troca-troca de favores com tons políticos obscenos com que a presidente Dilma sepultou a CPI da roubalheira no Ministério dos Transportes nos faz pensar sobre a credibilidade que pode ter o Tribunal de Contas da União, importantíssimo órgão de fiscalização que a Constituição criou como auxiliar do Congresso Nacional.
A presidente conseguiu “convencer” o senador João Durval Carneiro (PDT-BA) retirasse sua assinatura no requerimento de montagem da CPI — fazendo, assim, com que o documento perdesse o número mínimo de 27 firmas para poder viabilizar a investigação — em troca da promessa de apoiar, no Congresso, a candidatura de seu filho, deputado Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA) para uma vaga no TCU.
Emprego bom, cheio de mordomias, bom salário — e vitalício.
Para isso, jogou para o alto o princípio de compromisso que assumira em apoiar a deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Mas este último detalhe não importa para o nosso raciocínio, aqui.
O que cabe, aqui, é perguntar: como podemos ter um TCU confiável, técnico e eficaz se é montado nessa base?
A bagunça brasileira não deixa nada de fora, como vemos.
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De um jeito e de outro também, as coisas estão como barraca de feira para sere compradas, usadas e se derem problemas (vide Jobim) descarta-se e joga-se fora. Jeito petista de governar. TUDO TEM PREÇO: UNE, SINDICATOS, MST et..
ResponderExcluirÉ o caso do PR, usaram a imagem do Zé Alencar para agradar os empresários, na sua ausência, descartam o partido.
ResponderExcluirNessa faxina a única coisa varrida é a democracia.