segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Trânsito: mais casos de invalidez


Quando esbravejamos ou criticamos os escandalosos atos de corrupção que têm contaminado todos os setores da política e da sociedade como doença virulenta, onde expreme sai secreção, a maioria das pessoas não entende o porquê de tanta indignação.

A versão disseminada justamente para banalizar esse mal, que "todos fazem", até heresias são aceitas com naturalidade, como foi a aberração pronunciada pelo então presidente da República, que Cristo também faria acordo com Judas pela "governabilidade", neutraliza qualquer possibilidade de reação.

Obedecendo às ordens de quem se considera dono do país, os eleitores elegeram a maioria governista, portanto, a oposição não tem voto suficiente para exercer a devida fiscalização ao mau uso do dinheiro público, muito menos para aprovar projetos de interesse da população.

Entretanto, a verba que deveria ser destinada aos setores essenciais, como saúde, educação, segurança e infra-estrutura é visivelmente desviada, pois nada é feito, como ficou comprovado com o balanço pífio do PAC, enquanto o governo bate recordes em arrecadação de impostos.

Fazem o que com tanto dinheiro?
Quanto sofrimento poderia ter sido evitado, quantas mortes deixariam de acontecer, quantas vidas poderiam ter sido salvas com bons programas de prevenção?
Confiram um dado alarmante na matéria de Silvia Amorim, em O Globo.

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Os casos de invalidez por acidente de trânsito explodiram no país e já são a principal causa de indenizações pagas pelo Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

A constatação é do balanço mais recente feito pela seguradora que administra o seguro DPVAT, divulgado semana passada.

No primeiro semestre deste ano, foram pagas 107.403 indenizações por invalidez decorrente da violência no trânsito.
Elas representaram 65% de todas as indenizações concedidas no período.
Desde que as estatísticas começaram a ser feitas pela seguradora, nunca este índice foi tão alto.
Em 2010, elas representaram 60%; em 2009, 46%, 2008, 32%, e em 2007, 31%.
No ano passado, foram pagas 151.588 indenizações por invalidez.

As indenizações por morte no primeiro semestre somaram 26.894, média de 147 por dia.
Como o benefício pode ser pedido até três anos após o acidente, há neste número óbitos não só de 2011.
Esse número também é apenas uma fração das vítimas de trânsito, porque nem todo acidentado recorre ao DPVAT.

O crescimento da frota de motocicletas no país, em especial nas regiões Norte e Nordeste, é citado como a principal razão para o aumento dos acidentes no trânsito.

No país, a frota de motos corresponde a 27% do total de veículos.
Em alguns estados nordestinos, essa proporção chega a 60%, diz o diretor institucional da Seguradora Líder DPVAT, Marcio Norton.

Leia mais em O Globo

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