Diário do Grande ABC
Cinco amigos de longa data, inconformados com as denúncias de corrupção noticiadas nos últimos meses, resolveram levar para as redes sociais e, agora, para a praça pública a indignação com o desvio de dinheiro público.
Criaram um slogan, uma logomarca, reuniram mais de 30 mil simpatizantes no Facebook e vão testar a mobilização hoje, na Cinelândia, ponto efervescente de protestos do Rio.
Para evitar maiores transtornos ao trânsito, os organizadores decidiram não fazer passeata.
Optaram por um ato público apenas com um carro de som, que deverá ficar parado em frente ao Teatro Municipal.
O material gráfico sobre a manifestação ficou disponível na internet para ser reproduzido em camisetas, faixas e cartazes.
Com esta facilidade, internautas de várias capitais do País se entusiasmaram com a ideia.
Em Salvador (BA), a organização foi adiante e também realizará um protesto hoje, na mesma hora, na Praça 2 de Julho, conhecida como Campo Grande.
Sem nomes
Assim como os organizadores da marcha contra a corrupção realizada em Brasília no feriado de 7 de Setembro, e de protestos menores em outras cidades, os manifestantes do Rio vetaram a presença de faixas e bandeiras de partidos políticos e sindicatos.
"Se a gente falar mal de um político, vai ter que falar de outro, mais outro.
Então, não vamos citar ninguém", brinca o designer Chester Martins, de 41 anos, que, com o colega José Luiz Fonseca, de 32, criou a logomarca do manifesto, inspirada na máscara dos Irmãos Metralha, somada à imagem do Pão de Açúcar.
"Não queremos crucificar nem acusar ninguém, mas o Brasil inteiro sabe quem está fazendo o que não presta.
Não precisamos citar nomes", reforça o produtor cinematográfico Eudes Santos, de 42 anos, outro organizador do protesto.
Na quarta-feira passada, Eudes, Cristine, José Luiz, Chester e a supervisora de vendas Cristiane Ribeiro, de 37 anos, que completa o grupo, reuniram-se mais uma vez, depois do trabalho, para discutir as últimas pendências.
"A aliança de casamento dos políticos com a corrupção tem de ser um par de algemas e a lua de mel, uma suíte em Bangu", diz Eudes para os amigos, lendo amais nova palavra de ordem da manifestação.
O produtor fez uma alusão ao complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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