QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO
No blog do Cláudio Humberto
Portugal (por Jorge Oliveira)
Portugal não produz uma gota de petróleo, seus rios não geram energia e tudo que consome importa.
É um pais dependente de energia e, por isso, sofre mais com a crise que se alastra pela Europa.
Analistas acreditam aqui que Portugal só sairá do sufoco em 2013, quando as medidas tomadas pelo governo fizerem efeitos: congelamento dos salários dos servidores públicos, aumento dos impostos, cortes nas despesas e extinção de empresas estatais obsoletas.
Por causa dessa deficiência energética que deixa o país dependente do Brasil e de Angola, responsáveis por 50% do petróleo que consome, é que Portugal, ao contrário de outros países autossuficientes, vem desenvolvendo como pode alternativas energéticas para enfrentar o futuro.
Por exemplo, é exportador de tecnologia de energia solar, que abastece minimamente o país – obriga hoje todos os prédios em construção a instalar equipamentos solares – e desenvolve com grande sucesso veículos movidos a energia elétrica, antipoluente, mais econômico e alternativa prática de redução dos derivados do petróleo como gasolina e óleo diesel.
Os carros elétricos começaram a ser fabricados em escala industrial em julho de 2010, quando os primeiros “Little Tour” foram montados e exportados para França, parceira de Portugal na montagem dos carros, com autonomia para 100 quilômetros e de quatro a seis horas para carregar as baterias nos mais de 300 pontos já instalados no pais.
Os primeiros veículos, da Norchapa (francesa) e a ISA (Coimbra) chegam ao consumidor ao preço de 15 mil euros (cerca de 40 mil reais), depois de um investimento de 2 milhões de euros na execução final do projeto.
Com a instalação de postos de carregamento, carros elétricos de outros países da Europa também já circulam normalmente em Portugal.
O Brasil, um dos mais privilegiados no mundo em fontes naturais de energia, na prática desacelerou o desenvolvimento dos seus projetos alternativos, baseando as suas matrizes apenas no petróleo e nas hidrelétricas.
Na década de 1970 quando sofreu as consequências do racionamento de energia, foi quem mais criou soluções alternativas como a eólica, solar, álcool combustível e até... a nuclear.
Hoje, na contramão do futuro, abusa da fartura.
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