Noblat
Charge do Amarildo
Talvez não saiba sugerir uma novidade para ser dita diante de platéia tão distinta quanto a da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU).
Mas sei quando ouço ou leio alguma novidade dita ali - algo marcante, capaz de repercutir em diversos países ou continentes, e de lembrar para sempre aquela ocasião.
Li e reli o longo discurso pronunciado, ontem, por Dilma.
Aquele saudado assim por ela mesma:
"Foi bom, né?"
E nada encontrei de original.
Nem mesmo a referência feita pela autora à sua condição de ex-presa política torturada durante a ditadura militar.
Lula não cansava de lembrar que fôra um pau-de-arara.
Dilma, que apanhou.
Lugar comum o que ela disse sobre a crise econômica mundial:
"Ou nos unimos todos e saimos juntos, vencedores, ou sairemos todos derrotados".
Ela pediu soluções coletivas, rápidas e verdadeiras - só faltava ter pedido o oposto.
Contraditório o que falou sobre protecionismo depois de há pouco ter adotado medidas para proteger produtos brasileiros ameaçados pela concorrência:
"O protecionismo e todas as formas de manipulação comercial devem ser combatidos, pois conferem maior competitividade, de maneira espúria e fraudulenta".
Renovou o velho desejo do Brasil de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Não o reforçou com nenhum argumento novo.
Lembrou sua condição de mulher - a primeira a abrir uma assembléia geral.
E sobre o futuro Estado palestino incorreu no óbvio:
- O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio.
Não foi dessa vez que Dilma, a estadista, fez sua estréia em um fórum mundial.
Fora o trivial, ela parece não ter o que dizer. Né?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário