Mudanças de "metodologia" realizam milagres em nosso país.
Com uma canetada, camadas mais pobres da sociedade passaram a fazer parte de uma "nova classe média".
Denominação que encanta os ouvintes dos discursos petistas.
Tem até economista filosofando sobre isso:
"O termo "nova classe média" foi escolhido para ter um significado positivo, "dá o sentido positivo e prospectivo daquele que realizou — e continua a realizar — o sonho de subir na vida.
Mais importante do que de onde você veio ou está é aonde você vai chegar".
A nova classe média "não é definida pelo ter, mas pela dialética entre ser e estar olhando para a posse de ativos e para decisões de escolha entre o hoje e o amanhã".
Essa é a beleza do munda da fantasia criado pelo governo do PT.
Temos os mesmos pobres de sempre, mas uma simples "sensação" os inclui na Classe Média.
A ideia agora é vender ilusão aos dirigentes da Copa do Mundo.
O governo decidiu dar uma “canetada” nos 13 aeroportos da Copa.
Segundo o plano original, as obras elevariam a sua capacidade para 150 milhões de passageiros/ano.
Sem qualquer reestruturação no plano ou promessa de mais investimento, a Infraero decretou que, na verdade, a capacidade será de 256,8 milhões de passageiros/ano.
Ou seja: bastou pegar a caneta para que, do nada, essa capacidade crescesse 106 milhões de passageiros/ano.
Leiam trecho de reportagem da Folha.
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Sem qualquer alteração no plano de investimentos para a Copa, os aeroportos ganharam uma capacidade adicional de 100 milhões de passageiros/ano.
A ampliação ocorreu porque a Infraero, estatal que administra os aeroportos, alterou a metodologia usada para calcular a capacidade da infraestrutura.
Pelas contas originais, a capacidade dos 13 aeroportos estratégicos para a Copa (12 cidades-sede mais Campinas) subiria para quase 150 milhões de passageiros/ano com os investimentos de R$ 6,4 bilhões previstos até 2014.
Aplicada a nova metodologia, que leva em conta avanços tecnológicos e a mudança no perfil dos usuários, as mesmas obras agora elevarão a capacidade para 256,8 milhões de passageiros/ano.
Isso dá uma folga de 41% no sistema, considerando uma estimativa de demanda de 152,6 milhões de passageiros em 2014.
Com essa margem, os aeroportos poderiam aguentar de cinco a dez anos além da Copa sem grandes investimentos, dizem especialistas.
A IATA, associação internacional de empresas aéreas, recomenda folga de capacidade de ao menos 20%.
O especialista em transporte aéreo e professor da Coppe/UFRJ, Elton Fernandes, ironizou a mudança de metodologia:
“Com uma canetada, todos os problemas do setor acabaram”, disse.
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