Álvaro Dias e Jarbas Vaconcelos criticam tentação autoritária do PT
No Globo:
A proposta defendida durante o IV Congresso Nacional do PT, no final de semana, de criar um marco regulatório da mídia , foi duramente criticada nesta segunda-feira pelos senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Para ambos, a proposta do PT está relacionada às denúncias de corrupção que ganharam destaque nos jornais nos últimos meses.
Os dois também citaram matéria da revista “Veja” - bastante criticada pelo partido - que acusa o ex-deputado e ex-ministro José Dirceu de tentar desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff.
“Quando as denúncias explodem nos principais veículos do Brasil, fala-se em regulação da mídia, como se desejássemos amordaçar a imprensa para que a corrupção pudesse campear fagueira na clandestinidade do submundo do governo”, declarou Alvaro Dias na tribuna do Senado.
“Não queremos uma imprensa governista.
Já basta a cooptação que o governo fez com os chamados movimentos sociais, que viraram meros apêndices do PT.
Toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas, a cúpula do PT se apressa em ressuscitar o chamado marco regulatório da mídia, nome pomposo para um verdadeiro tribunal inquisidor da comunicação que os petistas querem implantar no Brasil”, criticou Jarbas Vasconcelos.
Dias chegou a comparar o PT a um comerciante desonesto:
“Eu poderia popularizar um pouco a crítica, afirmando que o PT, neste momento, se parece com aquele comerciante desonesto, que vende produto falso, faz propaganda enganosa e tenta driblar o Conar e o Procon.
É o que eu vejo nessa tentativa petista: driblar a opinião pública”.
Os dois senadores destacaram ainda que a ascensão do PT se deveu à liberdade de imprensa e ao espaço que recebeu na imprensa.
“Considero, portanto, uma manifestação de ingratidão ímpar o PT, no poder, amaldiçoar a imprensa, como vem fazendo especialmente nas últimas semanas, inconformado com as denúncias de corrupção no governo”, afirmou Alvaro Dias.
(…)
Vasconcelos disse ainda que vai ser um “um adversário ferrenho de qualquer proposta que pretenda limitar a liberdade de imprensa, um dos pilares da democracia”.
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