Merval Pereira, O Globo
O resultado do mais recente Exame Nacional de Ensino Médio – Enem -, que revelou um incrível desnível das escolas públicas em relação às escolas privadas do país, além de colocar em discussão a qualidade do ensino em si, está também acendendo o debate sobre a eficácia dos diversos mecanismos de avaliação da educação no país.
O movimento “Todos pela Educação”, por exemplo, uma aliança de empresários brasileiros que tem como objetivo garantir educação básica de qualidade para todos os brasileiros até 2022, ano do bicentenário da Independência, está neste momento aprofundando uma análise das avaliações, pois há pesquisadores questionando os resultados, sejam os medidos pelo Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - ou pelo Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Alunos.
O Brasil obteve o 53º lugar, em uma lista de 65 países, numa prova que avaliou a capacidade de leitura de estudantes com 15 anos.
Além da leitura, o Pisa também avaliou as habilidades dos estudantes em matemática e ciências.
Em ciências, os estudantes brasileiros ficaram com 405 pontos.
Em matemática, a nota ficou em 386 pontos (a China obteve 600 nesse quesito).
(...)
Para o educador Arnaldo Niskier, “o Brasil não pode dormir tranqüilo com sua educação estando nos últimos lugares no âmbito internacional”.
João Batista Oliveira, do Instituto Alfa e Beto, considera que os dados do PISA revelam que nossos alunos sabem ainda menos matemática do que Língua Portuguesa.
“Os resultados de um são espelhados no resultado de outro.
E, claro, refletem que não houve mudanças na educação que justificassem mudanças nos resultados”.
Para João Batista, “salvo milagre, a continuar como vão esses alunos, daqui a 9 anos, vão repetir esses mesmos resultados no Enem.
Em síntese, não há nada no panorama educacional brasileiro que justifique razão para otimismo”.
Íntegra no blog do Noblat
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário