Só a Psicologia explica a necessidade de Lula de se auto-elogiar
Blog de Ricardo Setti (trechos abaixo)
Amigos do blog, vou tratar de novo de alguém muito comentado aqui: Lula.
Já toquei no assunto várias vezes, mas sinto necessidade de fazê-lo de novo.
Goste-se ou não dele, de sua carreira, de seus equívocos e de suas realizações, parece não haver dúvida de que o ex-presidente é titular de uma vida por todos os títulos extraordinária.
Mas seu rancor, seu ressentimento, sua permanente impressão de que não é aceito, sua insistência em ver-se vítima de “preconceitos sociais”, sua insistência em proclamar, obsessivamente, os próprios feitos e méritos, sua tendência a dividir o Brasil entre “nós” e “eles”, de enxergar conspiração contra seus feitos e confundir oposição ao lulo-petismo com ser “contra o país” só encontram explicação em profundos manuais de Psicologia.
Lula precisa urgentemente de uma terapia de grupo — como diria um amigo meu, ele e um grupo de terapeutas.
(..)
Tudo parece pouco para Lula.
(...)
Sobre a honraria oferecida pela Universidade Federal da Bahia, Lula disse já ter aceitado precisamente 67 títulos como esse.
“E vou continuar aceitando os que me forem oferecidos”, afirmou.
E aí, em mais um cenário de sua permanente glorificação, veio à tona a bílis de sempre:
– Certamente existe uma parcela da elite retrógrada deste País que não se conforma.
Se eles souberem que vou receber, no dia 27, o título de doutor honoris causa da Sciences Po Paris (Instituto de Ciências Políticas de Paris) é que eles vão ficar doentes.
Eu serei o primeiro latino-americano a receber esse título.
Quem, exatamente, não se conforma com essas homenagens?
Onde estão as manifestações?
Por que Lula não cita um nome, um político, um jornal, uma revista, um jornalista que haja protestado ou ridicularizado diante dessa ou outras honrarias?
Que “elite retrógrada” é essa?
As elites adoram Lula.
Os banqueiros, por exemplo, nunca ganharam tanto dinheiro na vida como durante os oito anos do lulalato.
O ex-presidente é recebido de braços abertos, quase aos beijos, em entidades como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que frequenta com assiduidade e cujo presidente, aliás, filiou-se ao PSB, partido aliado ao do ex-presidente.
Na Universidade, os sindicatos de professores babam diante de Lula e de suas ideias.
Quem é, então, essa elite? De onde procede?
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