sábado, 1 de outubro de 2011

Dilma no circo da ONU

ÉPOCA - Blog de Guilherme Fiuza

O Brasil é a maior diversão.
Na pantomima da Assembléia Geral da ONU, o país apareceu de novo com uma novidade.

Depois do presidente-operário, a presidente-mulher.
Mais um número infalível.
Nunca antes na história da ONU uma mulher abriu a sessão da Assembléia Geral etc etc.

E quem é esse grande ícone feminino que entrou para a história da diplomacia internacional?

Segundo a revista “Newsweek”, em matéria de capa, Dilma Rousseff é uma comandante tão severa que já teria feito burocratas do Estado caírem no choro.

A revista americana diz também que a temida presidente brasileira espanou os corruptos e os substituiu por pessoas de sua confiança, sempre lideradas por outras mulheres.

“Não mexam com Dilma” é o título da reportagem.
Mas poderia ser também: “A Mulher Maravilha da Newsweek”.

Melhor não contrariar.
Não daria para botar a super Dilma na capa se a história fosse contada direito: os corruptos demitidos eram as “pessoas de sua confiança”, ou da confiança de seu padrinho.


E a mulher escolhida por Dilma para liderar seu governo era Erenice, a rainha do tráfico de influência.

A comandante durona que, na literatura da “Newsweek”, leva marmanjos às lágrimas, na vida real é a presidente desnorteada, que dedica seu primeiro ano de governo à partilha de cargos entre os companheiros – e nas horas vagas demite os que a imprensa desmascara.

Em Brasília, Dilma declarou que a limpeza não seria pautada pela imprensa.
Em Nova York, declarou que a imprensa é vital para a limpeza.


No Brasil, seu partido ruge pelo “controle social” da mídia e ela se cala.
Na ONU, se apresenta como militante da liberdade de expressão.

É um conto de fadas que o circo da diplomacia internacional adora.

(continua)

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