O Estado de S.Paulo
Coordenada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a greve deflagrada pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) em 21 Estados - e que teve a adesão de cerca de 100 mil profissionais - é o efeito inevitável do desleixo com que o governo vem gerindo o setor.
As reivindicações dos grevistas, que protestam contra o aviltamento da profissão médica, são as mesmas de sempre.
Eles exigem melhores condições de trabalho e pedem a correção das tabelas de consultas do SUS, que estão desatualizadas em relação aos valores do mercado.
"O movimento é a favor da assistência médica.
Queremos dizer à população que estamos ao lado dela, que a assistência hoje está abaixo daquilo que desejamos e do que a população espera", diz o vice-presidente do CFM, Aloísio Miranda, depois de afirmar que o atendimento em muitos hospitais da rede pública atenta contra os direitos humanos.
Segundo as entidades médicas, o número de leitos hospitalares vem caindo de forma preocupante.
Estudo do IBGE revelou que o Brasil dispunha de apenas 431.996 leitos hospitalares para uma população superior a 190 milhões de habitantes, em 2009.
Esse é o menor número de leitos nos últimos 33 anos - e o problema se concentra, basicamente, nos hospitais particulares conveniados com o SUS.
Como os custos com atendimento e cirurgia são duas vezes mais altos do que os repasses do Ministério da Saúde, vários hospitais tiveram de fechar as portas.
(...)
A situação também é crítica no que se refere à remuneração.
Na área de cirurgia cardiovascular, por exemplo, os médicos passam de quatro a seis horas na sala de operação, têm de ficar dois meses de sobreaviso para agir em caso de intercorrência após a cirurgia e recebem pouco mais de R$ 100 por caso.
(...)
Agindo demagogicamente, o governo só se lembra da saúde para tentar justificar a recriação da CPMF.
O resto do tempo, como afirmam os médicos grevistas, a rede do SUS parece entregue à própria sorte.
Íntegra AQUI.
Lula: a Saúde no país é quase perfeita
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